Todas as vacinas vão requerer reforço
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que as vacinas contra o coronavírus precisarão ter uma dose de reforço. A declaração foi dada durante seu depoimento à CPI da Covid, no Senado, após ser questionando pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE). O parlamentar citou a morte do sambista Nelson Sargento, em razão da Covid-19, mesmo depois de ter tomado as duas doses do imunizante. Dimas destacou que a vacina não protege 100%.
O diretor do Instituto Butantan afirmou que demais farmacêuticas estudam a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a Covid. O instituto é responsável pela produção do imunizante Coronavac, desenvolvido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
— Nós admitimos, sim, a possibilidade da dose de reforço. A dose de reforço será necessária para todas as vacinas. A própria Pfizer já está estudando uma dose de reforço. O Butantan já tem estudos previstos em andamento com a dose de reforço — afirmou Dimas.
Em relação a morte do sambista, Dimas explicou que há diversos fatores, como idade e eventuais comorbidades, que influenciam na resposta imunológica induzida pela vacina no corpo de cada pessoa.
No início da sessão, ao ser questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), Dimas já havia falado sobre a possibilidade de uma terceira dose da vacina. Segundo afirmou, é provável que o imunizante deva ser aplicado em doses anuais.
— Tudo indica que haverá necessidade de doses anuais, que nós chamamos de doses de reforço, como acontece com a vacina da gripe, dado que essa infecção tem a possibilidade de se tornar endêmica, quer dizer, tudo indica que isso vai acontecer. Algumas companhias já estão, inclusive, trabalhando na possibilidade dessa terceira dose, inclusive o Butantan. O Butantan desenvolve já estudos para ter o reforço vacinal, pelo menos uma vez ao ano — explicou.