Bolsonaro descumpriu promessa de mandar PF investigar vacina superfaturada
Foto: Isac Nóbrega/PR
O deputado Luis Miranda (DEM-DF), irmão do servidor do Ministério da Saúde que denunciou pressões pela compra da vacina indiana Covaxin — superfaturada em 1.000% no contrato assinado pelo governo de Jair Bolsonaro –, relata como foi sua conversa com Jair Bolsonaro, no gabinete do Planalto, quando ele alertou o presidente sobre as suspeitas de corrupção.
O que disse Bolsonaro ao ouvir o relato sobre corrupção na gestão Pazuello? “O presidente me disse que levaria o caso ao diretor-geral da Polícia Federal”, diz Miranda ao Radar.
Quem comandava a PF naqueles dias era o delegado Rolando Alexandre de Souza, já demitido por Bolsonaro do cargo e que hoje estaria fora do país. Fontes da PF dizem que não há investigação sobre o caso. “Nunca houve pedido de investigação”, diz uma fonte da PF.
Apesar da promessa de Bolsonaro, o deputado diz que não teve mais retorno do presidente sobre o caso nem soube se a PF de fato abriu apuração.