Bolsonaro volta a minimizar a pandemia

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em interação com apoiadores nesta sexta-feira (18/6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que colocaram pavor na cabeça das pessoas em relação à Covid-19 e disse que as medidas adotadas por ele no enfrentamento à pandemia se comprovaram positivas e eficazes.

“Eu fui o único chefe de Estado do mundo que tive uma postura diferente dos demais. Tinha que abrir, tinha que ter o vertical, todas as medidas que tomei se comprovaram sendo positivas, eficazes. Quando zerei o imposto de vitamina D, o pessoal criticou. A sua atividade física, o que eu falei pelo meu passado… Tô com 66, até que tô bem, né? Se pegasse, para mim seria uma gripezinha, não para todo mundo”, disse ele na saída do Palácio da Alvorada.

Entre as medidas sugeridas pelo chefe do Executivo no combate à pandemia, estão a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19, cujo uso foi desestimulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e a defesa da tese do isolamento vertical, segundo o qual apenas pessoas idosas e com comorbidades teriam que se manter em confinamento — ideia rechaçada por especialistas.

O mandatário voltou a citar um estudo encomendado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para desobrigar o uso de máscaras para quem já tiver se infectado pelo vírus ou tomado a vacina.

“Eu pedi estudo para o Queiroga, tá ultimando aí, quem já foi contaminado ou vacinado tá desobrigado da máscara. Vários países, vários estados americanos tão fazendo, alguns países também. Porque, se deixar, vai ficar a vida toda assim”, prosseguiu.

Na segunda-feira (14/6), o ministro disse que ainda não há um prazo definido para a finalização do estudo sobre a desobrigação do uso de máscaras.

Queiroga afirmou que não vai pressionar os cientistas responsáveis pelo estudo. “Vamos deixar os pesquisadores pesquisarem, não existe isso [de prazo]. O ministro não fica lá: ‘Vai logo, faz’. Tudo no seu tempo”, assinalou o ministro.

O presidente cumpre agenda nesta sexta-feira no Pará. Às 12h, ele participa de cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural no município de Marabá. À tarde, em Novo Repartimento, ele participa de cerimônia de liberação da pavimentação de 102 km da Rodovia Transamazônica (BR-230/PA) e Assinatura da Ordem de Serviço para o Início das Obras da Ponte sobre o Rio Xingu.

Já na parte da noite, Bolsonaro vai para a capital do estado, Belém, onde participa de culto em comemoração aos 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil a partir das 19h30.

Metrópoles