Filho de Bolsonaro fez promessas a Israel em nome do pai
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No esforço da “comitiva do spray” depois de o governo ignorar e-mails sobre vacinas, Eduardo Bolsonaro acenou ao Parlamento de Israel com a transferência da embaixada do Brasil para Jerusalém e a classificação do Hezbollah como organização terrorista, mostra um documento enviado à CPI da Covid.
A agenda do 02 com Yariv Levin, presidente da Knesset, o Parlamento de Israel, em 9 de março, fez parte da programação da comitiva — aquela que levou nove autoridades a Israel para saber mais sobre a substância em fase inicial de testes e voltou sem boas novas para o Brasil.
O Itamaraty produziu um relatório sobre o encontro, enviado aos senadores em um pacote solicitado ao governo pela CPI sobre a viagem a Israel.
Segundo o documento, Eduardo repetiu a promessa de Jair Bolsonaro de transferir a Embaixada brasileira para a cidade de Jerusalém. Disse que acreditava em seu anúncio, embora não haja uma data prevista.
Levin respondeu que “seria uma decisão histórica que ajudaria a promover paz e estabilidade na região”. Ele completou que o Brasil é hoje uma “top priority” para Israel.
Sobre o Hezbollah, o deputado disse que esperava a declaração do Brasil, em breve, classificando o grupo como entidade terrorista.
Segundo ele, a participação brasileira na Força-Tarefa Marítima da UNIFIL, no Líbano, havia criado empecilhos para uma postura mais assertiva do país, mas com o término dela, há agora abertura para tratar do assunto.
Para fechar o encontro, Eduardo reforçou a importância da parceria com Israel e, como exemplo do “novo momento das relações”, citou… “a usual presença de bandeiras israelenses durante manifestações de apoio ao governo” e um discurso dele na Câmara.