Lula usa tática de Paes contra Bolsonaro

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Foto: O Globo

Na esteira do rótulo de mentiroso colado em Marcelo Crivella durante as eleições municipais, no ano passado, Lula passou a chamar Jair Bolsonaro de “pai da mentira”. O apelido foi a grande marca da campanha vitoriosa de Eduardo Paes no Rio de Janeiro. Crivella era o candidato apoiado pelo presidente, na ocasião.

Criada pelo marqueteiro Marcello Faulhaber, o cérebro eleitoral de Paes, a alcunha mirava uma parcela específica do eleitorado da capital fluminense: a evangélica. Assim como Bolsonaro em 2018, Crivella foi eleito em 2016 (com Faulhaber em seu time, à época) mediante amplo apoio entre o grupo religioso.

Para minar essa popularidade, Paes e Faulhaber recorreram à Bíblia. A partir de um trecho do evangelho de João, que associa o diabo e a mentira, foram produzidos diversos comerciais de TV e rádio que deram o tom do segundo turno da votação.

Lula começou um ano e meio antes da eleição: na última quarta, chamou Bolsonaro de “pai da mentira” ao publicar no Twitter uma mensagem sobre 3,1 mil informações falsas ou distorcidas nas falas de Bolsonaro, identificadas pela agência de checagem Aos Fatos.

 

O Globo