Mais uma celebridade “bad boy” flagrada em aglomeração festiva

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

O volante Patrick de Paula foi flagrado e hostilizado por integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras na madrugada desta segunda-feira, 21, ao sair de uma festa clandestina no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Os registros do jogador foram publicados nas redes sociais. O Palmeiras lamentou o episódio, dias após caso semelhante envolvendo o meio-campista Lucas Lima, e disse que multará o jogador, já afastado por tempo indeterminado.

“Lamentavelmente, o Palmeiras se deparou com um novo caso de quebra de protocolo sanitário por parte de um de seus atletas. Desta vez o episódio envolveu Patrick de Paula. Da mesma forma com que tratou a situação envolvendo o jogador Lucas Lima, o clube aplicará as sanções administrativas máximas determinadas pelo seu regulamento interno. Ambos os atletas ficam afastados dos treinamentos até determinação do Departamento de Futebol”, informou o clube.

“Lamentamos que casos de falta de empatia e de responsabilidade ainda ocorram em um momento tão difícil para a sociedade. São atitudes inadmissíveis e que receberão o devido tratamento”, completou.

 

No vídeo, o jogador aparece cercado por um segurança, enquanto tenta se dirigir a seu carro. Torcedores proferiram xingamentos e ofensas ao camisa 5, titular na vitória por 2 a 1 da equipe sobre o América-MG, na manhã de domingo, no Allianz Parque.

Na partida, o jogador já havia sido criticado por Paulo Serdan, presidente de honra da torcida e de fato da escola da samba Mancha Verde, em seu perfil pessoal. Patrick ficou seis minutos ausente por conta de um piercing na orelha, proibido pela regra. Ele foi advertido e será multado pelo clube.

“É, Palmeiras sem comando mesmo, né. Não bastasse ficar seis minutos fora de campo devido aos brincos, estava na balada clandestina até agora no Tatuapé. Ê Patrick, bem você que nós pedimos para o Vanderlei [Luxemburgo] acreditar e por pra jogar? Sai abraçado no segurança? Igual o Cris que você não respeita, né?”, desabafou Serdan.

A citação no final é direcionada ao segurança Cristiano de Oliveira que, assim como o podólogo Edson Silva, foi vítima recente da Covid-19. O caso envolvendo Lucas Lima ocorreu no dia 18. Diferente de Patrick de Paula, ele não utilizava máscara, item de uso obrigatório no combate à Covid-19. Horas despois da repercussão, o Palmeiras também anunciou em suas redes sociais o afastamento do atleta.

Patrick de Paula se pronunciou, por meio de nota oficial, alegando estar acompanhado de seus familiares. Ele conta que deixou o local antes das 22h e que, durante todo o período, tomou cuidados com a utilização de máscara e álcool em gel.

“O volante Patrick de Paula esteve em um bar na noite de ontem com seus familiares, indo embora pouco antes das 22h. Durante todo esse período, o atleta esteve usando máscara e tomando os cuidados com álcool em gel e evitando aglomerações. Mesmo com os cuidados, fica aqui o aprendizado e o pedido de desculpas por estar fora de isolamento após o horário do Plano SP”, diz um trecho da nota.

“O camisa 5 sempre respeitou e é grato ao Palmeiras pela oportunidade que lhe foi concedida de atuar como profissional do futebol. Patrick também sempre honrou a camisa palmeirense e teve grande consideração e respeito pela torcida alviverde, inclusive marcando o gol do título Paulista diante do maior rival e o gol 12 mil da história do clube. Ele nunca se furtou a demonstrar esse carinho em entrevistas e momentos públicos”, acrescenta.

O jogador repudiou as agressões sofridas e direcionou desculpas “ao verdadeiro palmeirense”. “Aproveitamos este momento para repudiar veementemente as agressões sofridas pelo atleta por pessoas que se dizem torcedores do clube, atitude essa, que é inaceitável nos tempos atuais. Ao verdadeiro torcedor palmeirense, fica meu pedido de desculpas, e a certeza de que sempre foi e será uma honra defender e respeitar esse manto que é minha segunda pele”, completa.

No domingo, 20, o Brasil registrou a maior variação de aumento de números de casos de Covid-19 desde 20 de março. Com média móvel 73 594,6, o país conta com índice 19,27% maior que o registrado em 6 de junho. Em março, último período de alta registrada, a variação era de 21,18%.

Desde então, o Brasil estava em patamar de estabilidade, com período de queda na primeira e última semana de abril, quando chegou a atingir queda de 21%;. A avaliação é feita pelos infectologistas: uma variação acima de 15% em relação à situação de duas semanas atrás representa um momento de crescimento constante.

Com 1 025 registros nas últimas 24h, o Brasil também registra cenário de alta nos números de casos fatais da doença, pelo terceiro dia consecutivo após dois meses em estabilidade. O país contabilizou índice 25,72% maior que o registrado há dois domingos.

Veja