Paes relata a empresários o prestígio internacional de Lula

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 Foto: Wilton Junior/Estadão

Diante de empresários, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), fez diversos elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira, 9, às vésperas de se encontrar com o petista. Lula tem agenda intensa na cidade entre quinta-feira, 10, e sábado, 12.

“O Lula, podem falar o que quiser, eu via a força do sujeito. Almoçando na Dinamarca, com o rei da Espanha, com a Oprah, com o faxineiro, com a Michelle Obama… Era o centro das atenções”, disse durante almoço organizado pelo Grupo Lide no hotel Fairmont, zona sul do Rio.

Paes se filiou recentemente ao PSD de Gilberto Kassab, deixando o DEM após o atrito entre seu aliado carioca Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, e ACM Neto, presidente da sigla. Para 2022, o prefeito participa de conversas sobre alianças nos âmbitos estadual e nacional. Quando ocupou a prefeitura pela primeira vez, manteve ótima relação com Lula, na esteira da visibilidade dada ao Rio por grandes eventos como a Olimpíada (2016) e a Copa do Mundo (2014).

Em seu discurso para os empresários, Paes também citou outros quadros da política brasileira e fez uma análise da conjuntura dos últimos anos. Nesta linha, elogiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o governador paulista, João Doria (PSDB). Dilma Rousseff (PT), porém, foi alvo de críticas.

Segundo ele, Dilma adotou medidas econômicas equivocadas para se reeleger, o que levou o País à crise. Ironicamente, batizou a política dela de “aquela coisa fantástica” e disse que a inexperiência de gestores públicos – lembrou também do ex-governador Luiz Fernando Pezão – fez com que o Brasil chegasse à situação em que está.

“Podem falar o que quiser do FHC ou do Lula, mas foram dois grandes líderes políticos.”

Ele voltou a criticar Dilma quando mencionou o “charme” dela ao vender a imagem do Brasil durante o período dos grandes eventos. E debochou do mesmo “charme” de Jair Bolsonaro, lembrando que, agora, o Cristo Redentor apareceu de máscara na capa de revista The Economist e a imagem do País está ainda mais desgastada.

Paes brincou com o episódio envolvendo a foto de Doria tomando sol sem máscara no mesmo hotel em que ocorreu o evento desta quarta, na orla de Copacabana. Os dois têm boa relação.

“Os paulistas, quando querem fugir dos problemas de São Paulo, vêm passar o fim de semana aqui”, disse Paes. “Um homem que não tem barriga não tem história, já dizia minha avó”, completou, referindo-se ao porte físico de Doria.

Estadão