Relatório dos EUA sobre OVNIs não descarta visitas alienígenas
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O governo dos Estados Unidos não encontrou evidências de que os objetos voadores não identificados (OVNIs) avistados nos últimos 20 anos por pilotos da Marinha americana sejam fruto de tecnologia alienígena. No entanto, ainda não é capaz de explicar com clareza o que são e de onde vieram estes OVNIs. Um relatório formulado recentemente pelos setores de inteligência do país será entregue ao Congresso até o dia 25. Além do conteúdo público, o documento conterá um anexo confidencial, indicando que as teorias sobre os extraterrestres não foram totalmente descartadas. As conclusões foram publicadas pela primeira vez na quinta-feira pelo jornal The New York Times, que ouviu duas fontes com acesso às investigações e falaram sob a condição de se manterem anônimas.
O relatório determina que a maioria dos mais de 120 incidentes ocorridos nas últimas duas décadas não teve origem em tecnologia avançada do governo ou das Forças Armadas dos EUA. O documento também destaca que os fenômenos observados são difíceis de explicar em razão de sua aceleração, da capacidade de mudar de direção rapidamente e de submergir. A ideia de que pode se tratar de balões meteorológicos ou outros balões de pesquisa foi descartada nesses casos.
Incidentes envolvendo equipamentos militares estrangeiros no mesmo período também foram investigados. Funcionários da inteligência americana creem que alguns dos fenômenos aéreos podem ser oriundos de tecnologia experimental de potências rivais, como a Rússia ou a China. Segundo uma das fontes informou o NYT, as autoridades americanas sabiam que não era tecnologia americana. Ele disse que há preocupação entre oficiais de inteligência e militares de que a China ou a Rússia possam estar fazendo experiências com tecnologia hipersônica, que permite a uma aeronave atingir uma velocidade seis vezes maior que a do som – 1.235 quilômetros horários. A Rússia tem investido muito em hipersônicos, porque acredita que a tecnologia consegue escapar do sistema americano de defesa antimísseis. A China também desenvolveu armamento com essa tecnologia.
O Pentágono anunciou no ano passado uma força-tarefa para investigar o assunto. A Marinha americana criou um protocolo para que seus pilotos relatassem possíveis avistamentos. E o Congresso tem pressionado por mais divulgação pública. “Há um estigma no Capitólio”, disse o senador republicano Marco Rubio ao programa 60 Minutes em maio. “Quer dizer, alguns dos meus colegas estão muito interessados neste tópico e alguns, você sabe, riem quando você toca no assunto. Mas não acho que podemos permitir que o estigma nos impeça de ter uma resposta para uma pergunta muito fundamental.”