Renan apela a Neymar para criticar a Copa América no Brasil

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), dirigiu um apelo ao atacante Neymar na abertura da sessão desta terça-feira (1º). Renan pediu que o jogador, principal estrela da seleção, não concorde com a realização da Copa América no Brasil.

“Neymar, eu quero aqui dirigir uma palavra a você. Não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil. Não é esse o campeonato que precisamos agora disputar. Precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato que precisamos disputar ganhar e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado”, disse Renan.
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou na segunda-feira (31) que o torneio seria realizado no Brasil, depois da desistência das sedes originais. A Argentina abriu mão devido a alta de casos de Covid e a Colômbia devido a crise política e manifestações de rua que tomam o país.

A Conmebol fez o anúncio com o aval do presidente Jair Bolsonaro. Ao longo do dia, a decisão foi alvo de críticas de oposicionistas e de parte da opinião pública, que argumentam que o Brasil não pode sediar a competição diante dos alertas de terceira onda da pandemia.

O governo brasileiro afirmou que vai definir nesta terça se o país realmente vai abrigar a Copa América.

“É inacreditável que o governo federal queira sediar a Copa América aqui no Brasil. No exato momento em que a pandemia se agrava e enche como nunca os nossos cemitérios, as nossas UTIs. E a terceira onda começa a chegar”, afirmou o relator na CPI.

Outros senadores também se manifestaram sobre a possibilidade de o Brasil sediar o governo.

“Como explicar à população que nós vamos realizar um ato de circo num momento que falta pão e falta saúde para a nossa população?”, questionou Humberto Costa (PT-PE).

Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que sediar o torneio é uma “Irresponsabilidade sanitária sem precedentes” e defendeu que a CPI marque para semana que vem um depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Ele vai ter que vir e dizer: ‘Eu tenho condições de estabelecer barreiras sanitárias por terra entre Brasil e Uruguai, Bolívia, Venezuela, Suriname, todos os países que fazem fronteira de terra com o Brasil’. E dizer também: ‘Eu tenho condições de colocar barreira sanitária nos aeroportos, fazer exame em todos que vão entrar no Brasil, nos portos, para que não chegue outra cepa no Brasil'”, disse Alencar.

G1