Direita quer esperar vacinação para protestar contra Bolsonaro nas ruas
Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Líderes partidários e de movimentos da sociedade civil posicionados à direita no espectro político-partidário avaliam que o avanço da vacinação no País é a última barreira para que as manifestações contra Jair Bolsonaro deixem de ser majoritariamente dominadas pela esquerda. “Estamos contando com a aceleração da vacinação para, após atingirmos um grau adequado de imunidade, ir pra rua”, diz o vereador Rubinho Nunes (PSL), dirigente do MBL. Algumas dessas lideranças já falam de colocar o bloco na rua em setembro próximo.
Joice Hasselmann (PSL-SP) diz sobre a segurança dos protestos: “Será possível irmos às ruas em cidades onde a vacinação está mais avançada. São Paulo será o centro”.
Nos grupos de direita, já há quem defenda a adesão imediata aos protestos, como o deputado Junior Bozzella (PSL-SP): “Quanto antes a gente for, menos tempo o Bolsonaro ficará no poder, mais vidas serão salvas e o País terá menos corrupção”.
Bozzella não participará do ato de hoje, mas pretende mobilizar o PSL-SP para os próximos.
Organizadores das manifestações da Frente Povo Sem Medo, de esquerda, acreditam que o caso Covaxin deve impulsionar os protestos programados para hoje em todo o País.
Para Kim Kataguiri (DEM-SP), que está se tornando um sommelier de impeachment, como ele próprio brinca, “o animus da sociedade para pautas anticorrupção diminuiu”.
“A pandemia da covid-19 mudou o foco da pauta”, afirma Kataguiri. Por isso, a importância de acelerar a vacinação para contar com a direita nas ruas”, diz o deputado.
Representando o movimento Acredito, a deputada federal Tabata Amaral (Sem partido-SP) participará do ato contra o presidente na Avenida Paulista hoje, 2, pela primeira vez.
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