Dono da Precisa movimentou 80% mais que o declarado
Foto: Pedro França / Pedro França/Agência Senado
Uma análise enviada pela Receita Federal à CPI da Covid afirma que os ganhos financeiros do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, foram incompatíveis com os seus rendimentos declarados no Imposto de Renda em 2020. Em março deste ano, sua empresa negociou a venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde, contrato hoje suspenso.
Em documento sigiloso obtido pelo GLOBO, a Receita Federal informa que, em 2020, “a movimentação financeira no período em análise é superior aos rendimentos totais líquidos”. Houve movimentação de R$ 3,9 milhões em 2020 na conta de Maximiano, valor oitenta vezes maior que os R$ 48,5 mil líquidos que o empresário declarou receber naquele ano da Global Gestão Saúde, empresa do grupo da Precisa, sua única fonte declarada de renda.
A análise fiscal data de 13 de julho. A Receita aponta incongruências na declaração de Maximiano, como gastos com cartão de crédito incompatíveis com o rendimento formal, além de empresas e aplicações financeiras que não foram citadas na declaração de Imposto de Renda.
Procurado, Maximiano se manifestou por meio da assessoria da Precisa Medicamentos. “Causa perplexidade o vazamento de informações fiscais sigilosas no âmbito da CPI. Não obstante, a defesa ressalta que as diferenças nos dados enviados aos Fisco já foram sanadas junto à Receita Federal”, disse a empresa em nota enviada ao GLOBO.
A Receita cita a falta de declarações que justifiquem a movimentação atítpica. Confira mais detalhes na matéria completa, exclusiva para assinantes. A Precisa Medicamentos fechou um contrato para fornecer 20 milhões de doses da Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, para o Ministério da Saúde por R$ 1,6 bilhão. As entregas não foram cumpridas e, após entrar na mira da CPI da Covid por suspeita de irregularidades, o contrato foi suspenso. Na última sexta-feira, a Bharat anunciou que não é mais representada no Brasil pela Precisa. Em seguida, a Anvisa suspendeu a autorização de importação da vacina Covaxin. O Ministério da Saúde, porém, não se pronunciou sobre se, com isso, irá anular em definitivo o contrato de compra da Covaxin.
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