Mudança de comando na PF terá novos focos de investigação

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Foto: Alesp

A nova direção da Polícia Federal definiu três temas para chamar de prioridade na área de investigação: milícias e facções criminosas, corrupção e crimes ambientais.

De acordo com a nova gestão, uma reestruturação interna que já está em andamento vai criar ou elevar postos relacionados a esses temas.

O chefe que cuida de inquéritos contra políticos, por exemplo, vai ter acréscimo de salário com mudança de status do setor.

As alterações vão acontecer na Dicor (Diretoria de Investigação e Combate à Organização Criminosa). Está prevista também a criação de dois núcleos, contra roubos a bancos e a cargas.

As investigações de crimes eleitorais vão agora para outro setor, que abriga a área de crimes cibernéticos.

O argumento para a mudança é que, atualmente, as irregularidades eleitorais estão relacionadas à fake news ou à ações ilícitas nas redes.

A reestruturação em andamento é totalmente diferente do que a gestão anterior havia definido.

Antes, seriam criadas uma diretoria específica para combate ao tráfico de drogas e outra para corrupção. A mudança nunca saiu do papel, à época, travada pelo Ministério da Economia.

Como mostrou o Painel na segunda (12), há pouco mais de três meses no cargo de ministro da Justiça, Anderson Torres deixou em segundo plano da propaganda governamental o combate à corrupção, que foi bandeira de Jair Bolsonaro na eleição.

Em sua conta no Twitter, entre as cerca de 270 postagens que fez desde que assumiu, nenhuma foi sobre ações contra esse tipo de crime.

A Dicor é a diretoria da PF que concentra as coordenações-gerais que cuidam de investigações contra diversos tipos de crimes.

Atualmente, é comandada pelo delegado Luiz Flávio Zampronha.

Abaixo das coordenações-gerais ficam as coordenações, as divisões, os serviços e núcleos.

A área responsável pela repressão de crimes ambientais passará por duas mudanças.

Ela será promovida de divisão para coordenação e deixará a coordenação-geral de polícia fazendária e vai para a coordenação-geral de repressão a crimes contra os direitos humanos e cidadania.

Os crimes eleitorais, farão o caminho contrário, deixam a repressão a crimes contra os direitos humanos e vão para a fazendária.

O setor, que era um serviço, também foi promovido e passou a ser uma divisão.

A coordenação-geral de repressão a drogas, armas e facções criminosas passará pelas maiores mudanças.

Ela passará a ter três coordenações: de repressão a crimes violentos, de repressão a drogas e de repressão a facções e milícias.

Na coordenação de repressão a crimes violentos, dentro da divisão de crimes contra o patrimônio, serão criados os núcleos de roubo a bancos e roubo a cargas.

Na de repressão a drogas, serão criadas duas divisões: uma de combate ao tráfico nacional e outra para o internacional.

O serviço de tráfico de armas passará a ser divisão e será criado um setor de lavagem de dinheiro para fortalecer a metodologia da descapitalização das organizações criminosas ligadas ao narcotráfico.

O serviço de inquérito, o Sinq, responsável pelos casos de políticos, passa a ser uma coordenação dentro da coordenação-geral de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

Folha de S. Paulo

 

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No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.

O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.

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