Senadores oposicionistas da CPI se recusam a receber Mendonça
Foto: Kleyton Amorim/UOL
Em sua peregrinação pelo Senado, o advogado-geral da União, André Mendonça, tem enfrentando um obstáculo: não consegue agendar audiências com integrantes da CPI da Covid. Os senadores têm se recusado a recebê-lo – especialmente os membros do G7, o grupo oposicionista que controla a comissão.
Nos bastidores, esses parlamentares dizem que não votarão pela aprovação de Mendonça para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Por isso, não querem nem conversar com ele.
“Você não fala com quem você não vai votar, não faz sentido”, disse um senador à coluna.
De assessores, Mendonça tem ouvido que as agendas estão cheias e que os senadores estão muito ocupados. A desculpa é, no mínimo, esfarrapada, já que o Senado está em recesso até o fim do mês.
O advogado-geral ouviu essa resposta das assessorias de ao menos dois senadores do G7: Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Dificuldade em aprovação
Entre senadores da oposição, a avaliação é de que Mendonça terá muita dificuldade para ser aprovado em votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, depois, no plenário. Não apenas pelo avanço da CPI contra o governo Bolsonaro, mas também pela baixa popularidade do presidente nas pesquisas.
Outro fator é o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tem jogado parado, sem fazer campanha alguma em prol de Mendonça. Outros senadores que eram contabilizados pelo governo como aliados têm feito o mesmo. O principal motivo é o descontentamento geral com o orçamento aprovado para o ano que vem.
Para tentar refazer aliados no Senado – e, assim, pavimentar a aprovação de Mendonça para o STF -, o governo aposta no senador Ciro Nogueira (PP-PI). Para senadores de oposição, a escolha do nome do centrão para comandar a Casa Civil foi uma estratégia de Bolsonaro para tentar se fortalecer no Congresso Nacional.
Além de viabilizar a aprovação de Mendonça para o STF, Nogueira tem a missão de conversar com seus colegas em prol de Augusto Aras, indicado por Bolsonaro para seguir por mais dois anos no comando da PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele também precisa ser aprovado em votação na CCJ e no plenário. A expectativa é de que Aras tenha menos resistência no Senado do que Mendonça.
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