CPI questiona STF sobre que fazer se Barros mentir

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta quinta-feira (12/8), que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), “já está convocado” para nova oitiva. A comissão vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para saber quais medidas podem ser tomadas quanto às supostas mentiras do depoente. A decisão foi estabelecida em decorrência à questão de ordem apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Convite é uma deferência a quem a gente respeita. A convocação é para que desrespeita a CPI. Ele está convocado e pode ir ao Supremo para pedir para não vir”, declarou Aziz a jornalistas.

“Esperávamos que o deputado viesse aqui com todo o respeito, mas ele quis fazer uma narrativa de que a CPI tá atrapalhando a compra de vacina… Aí, não dá. Ricardo Barros está no radar de todo mundo que vende vacina por intermediação, fora os outros crimes que cometeu em relação à imunidade de rebanho, em relação ao negacionismo”, acrescentou.

A sessão com o depoimento do líder do governo na Câmara foi tumultuada desde o início. Contudo, após Barros dizer que a CPI estava atrapalhando a compra de vacinas, houve reação dos senadores e Aziz suspendeu o depoimento por cerca de duas horas.

Quando as atividades foram retomadas, o colegiado acatou questão de ordem do senador Alessandro Vieira, que sugeriu consultar o STF sobre as medidas cabíveis, e convocar Barros novamente.

Barros foi citado pelos irmãos Miranda no caso Covaxin. Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao alertar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre possíveis irregularidades nas negociações da vacina indiana contra a Covid-19, o chefe do Executivo teria dito que Barros estaria envolvido no esquema. O líder do governo na Câmara nega. O presidente não se pronunciou.

Metrópoles  

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