MPT faz acusações graves a presidente da fundação Palmares

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Foto: Gabiela Biló / Estadão

O Ministério Público do Trabalho pediu à Justiça o afastamento imediato do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, pela prática de assédio moral. O procurador Paulo Neto, responsável pelo caso, aponta que as investigações concluíram que há perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso por parte de Sérgio Camargo contra servidores do órgão.

A ação foi protocolada na última sexta-feira, 27, perante a 21ª Vara do Trabalho de Brasília e pede que Camargo seja condenado a pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais. Além disso, a Procuradoria requer que a Fundação Palmares ‘não permita, submeta ou tolere a exposição de trabalhadores a atos de assédio moral praticado por qualquer de seus gestores’ e cobra um diagnóstico do meio ambiente psicossocial do trabalho.

As investigações que culminaram no processo duraram mais de um ano, com a oitiva de 16 pessoas, entre entre ex-funcionários, servidores públicos concursados, comissionados e empregados terceirizados do órgão. De acordo com a Procuradoria do trabalho, as apurações Sérgio Camargo persegue os trabalhadores que ele classifica como ‘esquerdistas’, promovendo um ‘clima de terror psicológico’ dentro da Instituição.

“Os depoimentos são uníssonos, comprovando, de forma cabal, as situações de medo, tensão e estresse vividas pelos funcionários da Fundação diante da conduta reprovável de perseguição por convicção política praticada por seu Presidente e do tratamento hostil dispensado por ele aos seus subordinados”, afirma o procurador Paulo Neto.

Como mostrou o Estadão em março, a investigação teve início em julho de 2020, após o MPT no DF receber uma denúncia relatando que Camargo “estaria praticando perseguição ideológica a trabalhadores” com “opiniões e posições políticas e ideológicas distintas das suas”.

Pelo Twitter, Camargo reagiu à denúncia e disse, nesta manhã, que “o MPT não tem autoridade para investigar servidores ou pessoas em cargos comissionados”. Disse ainda que as “acusações partiram de militantes vitimistas e traíras”.

Estadão

 

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