Prisão pode separar Jefferson e Bolsonaro
Foto: Reprodução
A PF bateu à porta de Roberto Jefferson, na manhã desta sexta-feira, em meio a um momento-chave para os planos eleitorais do presidente nacional do PTB. Nos últimos meses, o político vinha consolidando sua guinada conservadora rumo a 2022, empreitada que havia iniciado há mais de dois anos.
O processo envolveu uma limpa nos quadros partidários, como a que culminou na saída, após 32 anos, do deputado estadual Campos Machado (SP), hoje no Avante. E, ao mesmo tempo, abriu portas a figuras expressivas das trincheiras favoráveis a Jair Bolsonaro com a promessa criar o primeiro partido legitimamente de direita no país.
O sonho conquistou o empresário Otávio Fakhoury, empossado há duas semanas como presidente da sigla em São Paulo, e ainda prometia seduzir desde dissidentes do PSL e o Novo até nomes como os de Ricardo Salles (recentemente de volta à vida pública) e Eduardo Bolsonaro. Tudo em paralelo a uma tentativa de, quem sabe, atrair a filiação do próprio presidente ou emplacar seu vice no ano que vem.
No entanto, a prisão de Jefferson a mando do STF pode ruir o laço entre ele e Bolsonaro.
Ao mesmo tempo em que Cristiane Brasil, filha de Jefferson, já está criticando o aliado por “não fazer nada” contra a Corte, o presidente já deu demonstrações, no passado, de que não é o mais fiel dos escudeiros — vide o exemplo de Daniel Silveira, preso e enrolado na Justiça desde fevereiro e sem grande defesa do Planalto.
Pesa ainda contra as pretensões de Jefferson e do PTB o fato de que a ida dele para a prisão pode ter reflexo negativo nas urnas para todos os seus correligionários. Ainda mais pelareincidência: delator do mensalão, o advogado já carrega a pecha de ter sido preso por causa do escândalo. O mesmo ocorreu com a filha, em outro caso.
Ao mesmo tempo, a decisão de Alexandre de Moraes pode ser a glória de Jefferson, inserido num movimento que, naturalmente, não perde a chance de construir mártires. E nem de ampliar o leque de inimigos, rol em que o ministro do STF já figura há muito tempo.
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