SP libera 100% de ocupação em bares e restaurantes
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
A partir desta terça-feira (17/8), terminam as restrições de horário e de público para os estabelecimentos de São Paulo. O estado inicia agora a “retomada segura”, que inclui bares, restaurantes e comércios.
Até esta segunda-feira (16/8), os espaços funcionavam com 80% da capacidade. Os limites vinham sendo flexibilizados desde o mês passado, quando a capacidade máxima permitida era de 60%, e os horários mais restritos.
Esta é a maior flexibilização desde março de 2020, quando começou a pandemia da Covid-19. Agora, ficam livres de restrições de público bares, restaurantes, shopping centers e outros comércios e serviços em geral. O uso de máscaras segue obrigatório.
Serão permitidos ainda feiras, congressos corporativos e museus sem limite de público. Shows com público sentado também poderão ocorrer a partir de agora.
O fim das restrições se dá num momento em que a vacinação avança no estado, ao mesmo tempo em que os casos, internações e óbitos caem. Atualmente, 70% da população de São Paulo tem ao menos uma dose do imunizante, mas só 28% da população possui esquema vacinal completo.
De 1º de agosto até a última segunda, restaurantes, bares, atividades culturais, academias e salões de beleza poderiam ter atendimento presencial das 6h às 0h. A partir de agora, não há mais este limite, e cada estabelecimento escolhe sua agenda livremente.
As diretrizes são do governo estadual, mas municípios possuem autonomia para adotar medidas mais restritivas. Cidades da região do ABC Paulista, como Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, já anunciaram que vão manter as restrições atuais. Os municípios podem criar outras restrições, mas não flexibilizar mais do que o estado.
Nem tudo, entretanto, está liberado a partir desta terça. Continuam proibidos público em estádios e outros eventos esportivos, shows com plateia em pé, baladas ou estabelecimentos com pistas de dança. Para estes locais, a liberação deve acontecer apenas em 1º de novembro, de acordo com o governo estadual de São Paulo.
Apesar da queda nos casos, internações e óbitos, a pandemia no Brasil ainda não está controlada. O país conta com uma média de 800 mortes por dia, e São Paulo tem uma média de 240 mortes por dia desde o começo de agosto. No estado, a taxa de letalidade é de 3,4%. E desde julho, a variante Delta circula no estado.
Somente na capital, são 149 casos da variante, considerada mais transmissível que as outras. Mas não há evidências conclusivas sobre a sua taxa de mortalidade e se as vacinas disponíveis atualmente protegem contra ela.
A presença deste novo tipo de Covid-19 tem feito os números de casos subirem em alguns países, como o Reino Unido, que já estudam voltar atrás em medidas de flexibilização e adotar novas restrições.
O estado de São Paulo monitora a evolução da cepa por amostragem: alguns testes positivos de Covid-19 aleatórios são remetidos ao Instituto Adolfo Lutz e ao Instituto Butantan, que fazem uma análise genômica do vírus, para a verificação. Por enquanto, predomina no estado a Variante Gama (P1).
Caso haja um aumento de casos e óbitos, a Secretaria de Saúde do estado afirma que não descarta voltar atrás nas restrições, pois haverá um acompanhamento constante.
Em novembro, está prevista a “liberação geral”, com shows, festivais, públicos em estádios e eventos esportivos, como a Fórmula 1, baladas e festas. O governo prevê que toda a população de São Paulo maior de 18 anos deve estar vacinada com as duas doses contra a Covid-19 até o fim de outubro.
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