Crescem apostas de que Mourão substituirá Bolsonaro
FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
JMB, dito Bolsonaro, está pela hora da morte política. Não emplaca mais nada, a não ser fotos e declarações ridículas para tentar se manter na mídia. A derrota mais recente foi a rejeição, pelo Senado, da nova intentona anti-trabalhista.
Aprovado na Câmara, o pacote que eliminava resquícios de direitos conquistados, sofreu derrota acachapante no Senado –47 a 27.
Isso no mesmo dia em que os números do IBGE mostraram o óbvio. A economia brasileira derrete a olhos vistos: setores como o agronegócio e investimentos despencaram; o consumo das famílias estacionou; a indústria empacou.
A renda dos trabalhadores desabou, enquanto o patrimônio de bilionários locais subiu. O povo, a maioria, que se vire. Não é possível ser mais claro.
O extermínio de indígenas, o massacre de negros nos números sobre homicídios (mentirosos, diga-se de passagem, pois excluíram mais de 17 mil mortes “indeterminadas”), o desemprego crônico (o Caged maquiado é piada pronta) e os ataques contra a democracia são a constatação do esperado.
Desde o golpe que derrubou Dilma Rousseff o país passa por uma demolição sem tamanho.
Diante dos 600 mil mortos vítimas do genocídio deliberado de JMB, o Planalto se cala. Ou melhor, põe mais lenha no fogo dos crematórios ao desdenhar das medidas de distanciamento, uso de máscaras e vacinação em massa.
Esfarelou-se o esquema unificado de imunizantes num país que era considerado exemplo internacional de uma política nacional de saúde. Agora, o cidadão comum não sabe quando e onde tomar vacina.
A maioria nem sequer calcula quantas velas precisa comprar com o racionamento de energia à vista. As únicas alternativas que o governo tem a oferecer em rede nacional são o aumento brutal da conta de luz, desligar a geladeira, deixar de tomar banho e passar roupa uma vez por semana.
Viver no escuro, na secura, sujo e com roupa amassada, e culpar São Pedro “acima de tudo”. Retrocedemos ao período anterior a Thomas Edison.
JMB foi eleito com base na promessa que faria um “rachadão” com as elites. Foi em frente. Em vez de roubar sardinha como ele e sua famiglia sempre fizeram na vida pública, partiram para peixe grande como tem demonstrado a CPI da Covid. Compromisso de eleição. Sobrou para um coitado de um motoboy.
O problema é que o rachadão deu errado. Até o 04 já está na roda. O tal do Renan Jr., com seu look e corte de cabelo à la Adolf Hitler, criou uma “empresa” de eventos na boleia de um dos ladrões instalados no Ministério da Saúde.
A quebra de sigilos do filho zero alguma coisa, da ex-mulher de JMB etc prometem revelações ainda mais acachapantes.
O pessoal do dinheiro grosso percebeu que é mais difícil transformar um alucinado em civilizado do que extorquir o povo sem anestesia. Aí, valham manifestos. Não dão trabalho, mas atestam a temperatura do momento. Henry Ford dizia que pagava melhor seus operários para ter gente para comprar os carros dele.
No Brasil, com atraso de séculos, a elite tupiniquim percebeu que essa história de comprar fuzil em vez de feijão não pode dar certo. O agronegócio já sente no bolso os efeitos deletérios de uma política que, na falta de Olavos de Carvalho e outros tantos, elege o patético Sérgio Reis como bússola administrativa.
A conversa de momento é o que fazer diante de um “governo” desmantelado. Falta um ano e meio para eleições (se houver). Toda hemorragia tem limite.
Setores da oposição querem que o povo aguente mais 15 meses na UTI “democrática”. Estão no mundo da Lua e querem arrastar Lula junto com eles, se é que não seja de comum acordo.
O empresariado briga por manifestos –a mesma fatia que se uniu para derrubar Dilma Rousseff pelo “delito” de privilegiar os pobres. Impossível esconder a vergonha alheia ao ler estes papeluchos desidratados escritos por gente que jamais teve apreço pela democracia.
Mas quando até este pessoal expõe ao menos uma oposição protocolar, mesmo covarde e “não me toque”, é sinal de que JMB está caindo da prancha. Sobram para ele os fanáticos, os cúmplices da roubalheira e os executores de políticas destinadas a retroagir o Brasil à época colonial.
O general vice, Hamilton Mourão, um extrema-direitista raiz, mas que não é bobo nem nada, está ligado.
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