Educafro aponta descumprimento de Bolsonaro da isenção de taxa do Enem

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Foto: Reprodução

O partido Rede Sustentabilidade e a Educafro afirmaram ao Supremo Tribunal Federal que o governo federal não cumpriu a ordem para reabrir integralmente a inscrição de isentos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021.

Em manifestações enviadas ao relator do caso, ministro Dias Toffoli, eles defendem a fixação de um prazo para que o governo garanta a reabertura do período de inscrição para os candidatos que podem pedir para serem liberados do pagamento de forma geral. Segundo os documentos, o governo restringiu a medida aos estudantes que tiveram o benefício em 2020, mas se ausentaram no dia da prova.

O partido e a entidade sustentaram que a decisão da Corte permite a reabertura de inscrição para o Enem 2021 para quem preencha um dos requisitos:

estar cursando a última série do Ensino Médio neste ano, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública;

ter cursado todo o Ensino Médio em escola da rede pública ou como bolsista integral da rede privada, com renda per capita igual o menor que um salário mínimo e meio;

declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal;

“O que fez o MEC, mais uma vez, foi restringir os candidatos destinatários da medida cautelar acima elencados, limitando-a, em manifesto desrespeito ao comando judicial, tão somente àqueles que receberam o benefício da isenção no ano de 20020, mas faltaram ao exame, em franco descumprimento ao v. acórdão proferido. Por conta disso, é imensurável a quantidade de pessoas que serão mantidas excluídas e não poderão requerer a isenção. Esses estudantes não podem ser prejudicados, pois a r. decisão proferida os acolheu”, afirmam.

A Rede e a Educafro querem que o Supremo dê prazo de 48 horas para que o governo federal tome medidas para cumprir a decisão, reabrindo o prazo por mais 10 dias, sob pena de multa diária. O partido e a entidade também querem que o tribunal determine ao governo que faça campanhas publicitárias na TV sobre os efeitos da decisão para os candidatos.

G1

 

 

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