Por que Paulo Freire incomoda tanto os fascistas
Foto: Reprodução
“Nasci numa família de classe média, bem comportada. Me sentia muito bem, muito feliz dentro da família. Nasci numa casa com quintal longo, largo, cheio de frutas e passarinhos cantando”. Foi assim que Paulo Freire descreveu os primeiros anos de sua infância, no Recife, em depoimento gravado em 1985 pelo Instituto de Artes e a Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Antes dos 10 anos, no entanto, sua família foi impactada pela crise de 1929. E as experiências pessoais daquele que se tornaria o maior educador brasileiro perderam um pouco do brilho de antes. A fome bateu na porta de sua casa. Freire dizia que isso foi importante para sua formação. Porém, ao lembrar o centenário do patrono da educação no Brasil, é possível concluir que essa e outras vivências tiveram impacto valioso também para a toda a sociedade.
Nascido em 19 de setembro de 1921. Paulo Freire escolheu a cultura do diálogo como parte de sua filosofia, que vai muito além de seu método de alfabetização, focado nos adultos e que teve a primeira experiência em 1963, na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. Depois que Freire ofereceu letramento a 300 trabalhadores em 40 horas de estudo, o Brasil derrubou a taxa de analfabetismo de 40% para 6,6%. E o número médio de anos de escola do brasileiro adulto passou de 2,7 para 11 anos. Mas nem por isso o centenário do patrono da educação brasileira será comemorado pelo Ministério da Educação (MEC). Pelo contrário, hoje, Paulo Freire é símbolo da guerra cultural estimulada pelo presidente Jair Bolsonaro. No Ao Ponto desta segunda-feira (20), o educador e pesquisador Fábio Campos, da New York University, analisa o legado de Paulo Freire e a importância de seus ensinamentos nos dias de hoje.
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