
CPI inclui filhos e aliados de Bolsonaro em relatório final
Foto: Roosevelt Pinheiro/Abr/Adriana Spaca/FramePhoto
O relatório da CPI da Pandemia, a cargo do senador Renan Calheiros (MDB-AL), não para de crescer. Além dos nomes de 37 pessoas investigadas (veja a lista abaixo), divulgados na semana passada, um capítulo específico sobre disseminação de notícias falsas, destinadas a induzir a população a adotar postura negacionista, trará o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como envolvidos numa máquina de produção de fake news. As deputadas bolsonaristas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) também serão citadas por disseminação de desinformação. A equipe da CPI colocará no relatório uma lista de fake news atribuída a cada um dos nomes.
Os senadores ainda discutem em que condição essas personagens aparecerão no texto final, mas é provável que sejam indiciadas sob suspeita de terem cometido, pelo menos, o crime de descumprimento de medida sanitária. A previsão é que o relatório seja votado pelos integrantes da comissão no próximo dia 20. Renan vem afirmando que o texto será preciso e objetivo na imputação dos crimes e na apresentação das provas. O capítulo sobre desinformação na pandemia se baseia em depoimentos e postagens nas redes sociais.
O mais recente nome incluído na lista de investigados foi o do presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, que não chegou a ser ouvido pelos senadores. A CPI vê num parecer da entidade, de abril de 2020, um estímulo para que médicos receitassem cloroquina e hidroxicloroquina a pessoas contaminadas pela Covid-19. Esses medicamentos não têm eficácia comprovada para o tratamento da doença, mas Ribeiro afirma que é preciso respeitar a autonomia dos médicos para tratar seus pacientes como entenderem melhor.
Lista de pessoas investigadas pela CPI da Pandemia:
Élcio Franco – secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello
Arthur Weintraub – suspeito de integrar “gabinete paralelo”
Carlos Wizard – empresário suspeito de integrar “gabinete paralelo”
Eduardo Pazuello – ex-ministro da Saúde
Ernesto Araújo – ex-ministro das Relações Exteriores
Fábio Wajngarten – ex-secretário de Comunicação
Hélio Angotti Neto – secretário no Ministério da Saúde
Luciano Dias Azevedo – médica da Marinha
Marcellus Campelo – ex-secretário de Saúde do Amazonas
Marcelo Queiroga – atual ministro da Saúde
Mayra Pinheiro – secretária no Ministério da Saúde, suspeita de defender tratamentos ineficazes
Nise Yamaguchi – médica suspeita de defender tratamentos ineficazes
Paolo Zanoto – médico suspeito de defender tratamentos ineficazes
Ricardo Barros – líder do governo na Câmara, suspeito de envolvimento com empresas
Túlio Belchior da Silveira – advogado da Precisa, empresa que fechou contrato suspeito para entrega da vacina Covaxin
Emanuel Catori – sócio da farmacêutica Belcher
Francisco Maximiano, o Max – dono da empresa Precisa, que fechou contrato suspeito para entrega da vacina Covaxin
Roberto Ferreira Dias – ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, suspeito de irregularidades na compra de vacinas
José Ricardo Santana – empresário e ex-diretor da Anvisa
José Alves Filho – empresário da Vitamedic, que produz ivermectina
Cristiano Carvalho – ligado à empresa Davati, que ofereceu vacinas da AstraZeneca, negócio com suspeita de pedido de propina
Emauella Medrades – diretora da empresa Precisa, que fechou contrato suspeito para entrega da vacina Covaxin
Hélcio Bruno de Almeida – coronel da reserva, presidente da ONG Instituto Força Brasil, suspeito de disseminar fake news
Luciano Hang – empresário, dono da Havan
Luiz Paulo Dominguetti – policial mineiro que denunciou suposto pedido de propina à empresa Davati
Marcelo Bento Pires – coronel da reserva, ex-coordenador de área de vacinas no ministério, suspeito de irregularidades no negócio da Covaxin
Onyx Lorenzoni – ministro do Trabalho
Osmar Terra – deputado pelo MDB-RS, suspeito de integrar “gabinete paralelo”
Regina Célia Oliveira – servidora do Ministério da Saúde suspeita de participar do negócio da Covaxin
Marconny Albernaz de Faria – suspeito de ser lobista da Precisa
Wagner Rosário – ministro da CGU (Controladoria-Geral da União)
Pedro Batista Júnior – executivo da Prevent Senior, empresa suspeita de testar em pacientes medicamentos sem eficácia comprovada
Marcos Tolentino da Silva – empresário suspeito de ser sócio oculto do FIB Bank, que avalizou negócio entre governo e empresa Precisa
Danilo Trento – diretor da Precisa, que fechou contrato suspeito para entrega da vacina Covaxin
Otavio Fakhoury – empresário suspeito de ligação com fake news e “gabinete paralelo”
Allan dos Santos – blogueiro suspeito de disseminar fake news
Mauro Luiz de Britto Ribeiro – presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina)
Assinatura
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