Delator da Prevent Senior poderá calar na CPI

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Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu ao médico Walter Correa de Souza Neto o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid. Souza Neto é um dos médicos que denunciou a rede de hospitais Prevent Senior por suspostamente promover o uso de cloroquina, remédio que não é eficaz contra a Covid-19.

Em seu pedido, os advogados do médico afirmaram que ele possui receio de sofrer constrangimentos durante sue depoimento. Segundo eles, o médico, por ser um dos denunciantes de supostas graves irregularidades praticadas pela empresa em que trabalhava, estaria sofrendo ameaças.

“Não é exagero mencionar a existência de um claro clima hostil manifestado por parte de alguns senadores, que com ânimos exaltados, provocam discussões infundadas contra aqueles que nao estejam alinhados aos seus pensamentos, normalmente relacionados aos interesses políticos relacionados à incompreensivel defesa do chamado ‘tratamento precoce’ da COVID-19”, afirmaram os advogados.

Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que é assegurado a qualquer depoente o direito de não se incriminar. Mendes, entretanto, não autorizou que ele preste depoimento em uma sessaõ fechada.

“Frise-se que o [Walter Correa de Souza Neto] foi médico da Prevent Senior, da qual já não faz mais parte, e procurou a polícia e os meios de comunicação, de forma espontânea, para relatar a sua versão sobre a referida empresa frente ao combate da pandemia da Covid-19 no Brasil”, afirmou Mendes.

Na decisão, o ministro do Supremo concedeu o direito ao silêncio para não responder perguntas que possam incriminar o médico ou colocar em risco seu sigilo profissional com pacientes.

O Globo

 

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