Inflação afeta nas de 2/3 dos brasileiros e Bolsonaro tenta empurrar culpa

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Com o arrefecimento da Covid-19 em consequência da vacinação, pré-candidatos à Presidência em 2022 vêm redirecionando discursos e propostas de olho na retomada econômica e no enfrentamento ao avanço da inflação, percebida em constante piora neste ano por sete em cada dez brasileiros. O índice foi detectado em pesquisa Ideia Big Data, realizada na última semana, que também apontou que cerca de 80% dos entrevistados citam alimentos, combustíveis e energia elétrica como itens que sofreram as maiores altas de preços em 2021. A margem de erro é de três pontos.

A insatisfação do eleitorado com a alta de preços, pivô de estresses na popularidade de presidentes desde a redemocratização, vem levando a pressões do presidente Jair Bolsonaro para expandir benefícios sociais e intervir em estatais. Já na oposição, apesar do consenso em responsabilizar a gestão e o negacionismo do governo na pandemia pelo aprofundamento da calamidade social e econômica, presidenciáveis como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB) divergem nos planos de combate à carestia.

A escalada dos preços pode fazer a inflação voltar a ter protagonismo como tema central de uma campanha presidencial, o que não ocorre desde 1994, em meio ao Plano Real. Nos protestos contra Bolsonaro em dezenas de cidades, neste sábado, o assunto foi preponderante.

Segundo a pesquisa Ideia Big Data, 64% dizem ter mudado padrões de consumo devido à inflação. Em agosto, o IPCA chegou a 9,68% no acumulado de 12 meses, reforçando a perspectiva de uma inflação de dois dígitos neste ano, algo que não ocorre desde 2015. Para 66% dos entrevistados, o país tende a sofrer com falta de energia elétrica nos próximos meses. Entre os que têm renda mensal de três a cinco salários mínimos, mais de 80% relataram mudança de hábitos e pessimismo com a perspectiva de apagões.

— Chama a atenção que 45% dos entrevistados admitam cortar mais gastos pessoais, considerando a inflação nos próximos meses, enquanto só 10% cogitem algum tipo de ajuda do governo — diz o diretor-executivo da Ideia Big Data, Mauricio Moura. — Esta classe média, que normalmente vive em áreas urbanas e grandes cidades, acusou bastante a alta de preços e mudou seu consumo de alimentos e de energia elétrica.

Enquanto Lula e Ciro têm criticado a chamada “dolarização” do combustível e acenam com expansão do gasto público, questionando políticas como o tripé macroeconômico e o teto de gastos, Doria defendeu a privatização da Petrobras como forma de “quebrar o monopólio” e reduzir o preço final da gasolina. Já Leite fez do anúncio da redução do ICMS sobre combustíveis no Rio Grande do Sul, na semana passada, um gesto de desvinculação da agenda de austeridade fiscal implementada no estado, considerada impopular. Leite chegou a se manifestar contra a redução de 30% para 25% já em 2022, que reduzirá a arrecadação, mas foi derrotado na assembleia legislativa e, depois disso, abraçou a medida.

O Globo 

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