TSE investigará invasão de hacker bolsonarista em 2018
Foto: Reprodução/ Internet
O corregedor-geral da Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, determinou o aprofundamento das investigações sobre o possível financiamento de uma invasão hacker que teria turbinado a candidatura do presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Salomão atendeu a um pedido apresentado na semana passada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). O episódio é o centro de duas ações que tramitam no TSE e que podem levar à cassação da chapa de Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. Os processos são de autoria das coligações dos então candidatos Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (Psol).
Nessas ações, a Justiça Eleitoral apura se a chapa tirou vantagem de uma invasão ao grupo de Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, responsável pelo movimento #EleNão, que tomou as ruas do país durante a campanha eleitoral. Com o ataque, o nome do grupo, composto por mais de 2,7 milhões de perfis, foi alterado para “Mulheres com Bolsonaro #17”.
O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, disse ser preciso esclarecer supostas transações indevidas, no valor de R$ 36 mil, feitas pelo principal suspeito da invasão à comunidade por meio de uma plataforma de pagamento virtual.
As suspeitas sobre esse financiamento foram trazidos aos autos pelo advogado de Marina, Rafael Mota. A defesa da ex-candidata do Rede disse ter encontrado, em consultas públicas de processos judiciais na comarca de São Paulo, uma ação segundo a qual o bolsonarista teve a sua conta na plataforma de pagamentos bloqueada por uma série de irregularidades, como supostas vendas de produtos a CPFs inexistentes.
A proximidade das datas entre as operações suspeitas e a invasão ao grupo do Facebook chamou a atenção do advogado. Além disso, uma das contas de e-mail utilizadas por ele nas transações financeiras virtuais é compatível com o localizado pela Polícia Federal (PF) ao investigar a invasão do grupo.
Segundo a petição enviada por Mota ao TSE, os indícios podem “demonstrar que os atos criminosos foram patrocinados por terceiros, os quais, de forma organizada, estavam interessados em suprimir a livre e democrática manifestação de mulheres, em benefício da campanha do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro”.
O corregedor do TSE, então, determinou a expedição de um ofício ao Ministério Público de São Paulo para que envie informações à corte sobre a ação aberta contra o suspeito. O objetivo é apurar a origem dos depósitos realizados na conta dele, para identificar os “reais pagadores”.
O advogado do Rede comemorou a decisão de Salomão. “É mais grande passo na identificação dos autores dos crimes praticados contra eleitoras, que se posicionavam contra Bolsonaro e que sofreram um ataque covarde. Agora o cerco está se fechando para apontar quem financiou e se o financiador está ligado à campanha do presidente”, afirmou Mota.
A advogada Karina Kufa, que representa Bolsonaro no TSE, disse que ainda não teve acesso aos novos documentos da ação.
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