Eduardo Bolsonaro defende monumentos a escravagistas e cúmplices da ditadura
Foto: Reprodução/ O Globo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acionou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), na Justiça. O filho de Bolsonaro apresentou uma ação civil pública em que pede que seja decretada a nulidade da lista elaborada pela Prefeitura paulistana com 41 monumentos considerados polêmicos.
As obras receberam essa classificação por homenagearam figuras ligadas a temas como o massacre indígena, à escravidão, o período colonial e à ditadura militar. Entre elas está a escultura do bandeirante Borba Gato, alvo de protestos e incendiada por manifestantes em julho.
A ação, que também é dirigida ao ex-secretário da Cultura de São Paulo, Ale Youssef, ainda pede explicações sobre as intenções da prefeitura com essa lista e as razões pelas quais cada um daqueles monumentos foram considerados “controversos”.
Eduardo afirma que a relação das peças “se trata de uma verdadeira ‘lista negra’ de monumentos de altíssimo valor histórico, paisagístico, plástico e cultural para a cidade de São Paulo”. Também diz que, com a medida, a prefeitura de São Paulo “condena publicamente” as peças diante dos cidadãos e provoca “sentimento de repulsa e ódio por elementos fundantes de sua história, ao mesmo tempo em que imputam valores superficiais e passionais”.
“A despeito de a Municipalidade ter afirmado que a intenção não é a de ‘remover’ as peças de arte e representação histórica, certo é que, ao segregá-las em uma lista ‘controversa’ os requeridos diminuem sua importância, rejeitam sua representação, ignoram as reflexões que delas advém e desprezam os movimentos artísticos, urbanísticos e culturais de uma das cidades mais cosmopolitas e pujantes do Brasil e do mundo”, diz o parlamentar no documento.
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