Mourão diz que Bolsonaro precisa de palanques em todos os Estados
Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta quarta-feira (17/11) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisa ter palanque em todos os estados para disputar a reeleição em 2022. Depois de anunciada cerimônia de filiação de Bolsonaro ao PL, o mandatário do país recuou após assumir que ele e o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, não chegaram a um acordo em torno do apoio a candidatos a governador em estados-chave.
“É uma decisão pessoal do presidente, né? Eu entendo que ele precisa ter palanque em todos os estados, até pela característica da campanha eleitoral que vai ser o ano que vem”, disse Mourão ao chegar ao seu gabinete na manhã desta quarta-feira.
“Eu acho que ele julga que o partido dele não pode apoiar nos estados quem é o opositor dele. Acho que aí é que está o X da questão”, prosseguiu.
Em entrevistas durante viagem a Dubai no fim de semana, Bolsonaro anunciou ter adiado o ato de sua filiação ao PL, até então previsto para 22 de novembro, a fim de acertar questões regionais em 2022.
No fim de semana, o titular do Palácio do Planalto apontou o acordo entre PL e PSDB em São Paulo como principal entrave para sua filiação. No estado, o PL teria pacto para apoiar o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que disputará o governo paulista em outubro do próximo ano.
O presidente, contudo, é contra a aliança, pelo fato de Garcia ser aliado do governador João Doria (PSDB). O mandatário da República defende lançar seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, ao governo paulista.
Apesar da divergência, lideranças do PL acreditam que Bolsonaro e Valdemar chegarão a um entendimento, e a filiação do presidente ao partido será concretizada.
O presidente nacional do PL convocou dirigentes regionais e lideranças do partido no Congresso Nacional para uma reunião nesta quarta-feira (17/11), em Brasília. A pauta principal será a possível filiação de Jair Bolsonaro à legenda. A ideia é discutir como a entrada do chefe do Executivo federal impactará a disputa de 2022 nos estados.
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