Pacheco critica bolsonarismo em Portugal
Foto: Reprodução
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), voltou a dizer nesta segunda-feira que espera que a sabatina do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STJ), ocorra até o dia 2 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, quando está prevista a semana de “esforço concentrado” para deliberações presenciais. Para Pacheco, é “muito importante o Senado evoluir nas apreciações” pendentes.
— Eu tenho muita convicção que a CCJ, não só em relação a essa indicação, mas em relação a outras indicações, inclusive do CNJ e do CNMP, possa realizar as sabatinas e envie ao plenário para apreciação. Tenho muita confiança que tudo possa ocorrer no final de novembro e início de dezembro — disse Pacheco a jornalistas, após participar do 9º Fórum Jurídico de Lisboa, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Portugal.
E acrescentou:
— Temos que fazer funcionar as comissões, como há essa previsão do esforço concentrado. E na medida que a CCJ se desincumbir do dever de apreciar esses nomes todos, essas indicações, isso tudo melhora muito o ambiente, melhora muito o clima.
Pacheco evitou falar em um “plano B” para a sabatina, caso o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), insista em não pautar o tema. Feita pelo presidente Jair Bolsonaro, a indicação de Mendonça chegou em julho ao Senado e está parada desde agosto na Comissão de Constituição e Justiça.
— Nós confiamos na oportunidade desse esforço concentrado, final de novembro e início de dezembro. A minha pretensão como presidente é esgotar a apreciação das indicações que estão feitas ao Senado, que é papel do Senado apreciar. Temos que exercer o nosso dever e quero muito chegar ao final do ano com esse assunto resolvido.
Segundo ele, Alcolumbre tem “todas as condições” para permanecer no comando da CCJ, apesar de alguns pedidos para que ele se afaste.
Antes, durante um fórum jurídico em Portugal, Pacheco fez um discurso repleto de críticas indiretas ao governo federal, mas sem citar o presidente Jair Bolsonaro. Pacheco afirmou, por exemplo, que “houve diversos erros” durante a gestão da pandemia de Covid-19 e que “não dá para pregar não uso de máscara, não dá para pregar não vacinação”. O presidente do Senado também criticou ataques a urnas eletrônicas e o desmatamento ilegal.
— O Brasil sofreu muito com a crise sanitária. Houve diversos erros que são evidentemente apontados, talvez não por todos, mas pela maioria dos brasileiros, que houve naturalmente erros — discursou Pacheco, no Fórum Jurídico de Lisboa, após elogiar o desempenho de Portugal durante a pandemia.
Em outro momento de sua fala, Pacheco criticou quem se opõe ao uso de máscaras e de vacinas, duas atitudes frequentes de Bolsonaro.
— Nós ainda não superamos definitivamente a pandemia no país, e isso nos impõe responsabilidades, nos impõe avaliar os erros que foram cometidos e pensarmos para frente uma nova lógica do Brasil quando lidamos com uma crise como essa da pandemia. Não dá para pregar não uso de máscara, não dá para pregar não vacinação.
O presidente do Senado também defendeu o sistema de votação brasileiro. Bolsonaro já colocou diversas vezes em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar provas de suas alegações.
— (No Brasil) Criticamos aquilo de positivo que temos, como aconteceu com as urnas eletrônicas recentemente. Sempre tínhamos orgulho de dizer do nosso sistema eletrônico de votação e, de repente, surgem críticas do nada, e partidas não sei de onde, para se criticar o sistema eletrônico de votação.
O presidente do Senado ainda afirmou que “nós não podemos nos apartar da causa ambiental” e disse que o desmatamento ilegal é o maior problema do Brasil nessa área. Horas antes, Bolsonaro discursou em um evento em Dubai e afirmou que a Amazônia “não pega fogo”, contrariando dados do próprio governo.
— Nós não podemos nos apartar da causa ambiental — afirmou Pacheco. — Para que tenhamos uma solução sobretudo do desmatamento sobretudo no combate ao desmatamento ilegais das nossas florestas, que é o maior problema ambiental que nós temos.
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