Wagner Moura reafirma que Marighella foi censurado

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Foto: Reprodução

Diretor de “Marighella”, Wagner Moura, 45 anos, classificou o atraso para o lançamento do filme como uma forma de censura.

Perguntado por Serginho Groisman durante participação no “Altas Horas” de hoje, Wagner falou sobre o assunto ao ser perguntado se a pandemia havia, de alguma forma, atrapalhado o filme.

“Atrapalhou o lançamento, a filmagem não”, começou Wagner, completando que o filme foi primeiro exibido no Festival de Berlim, mas que ele queria que ele também tivesse sido exibido aqui na mesma época.

Não foi lançado, por uma questão que eu chamo de censura. Aí em 2020, quando queríamos, veio a pandemia”. Wagner Moura

“Quando você vê o governo federal empenhado em impedir o lançamento de um filme, tem algo de errado”, completou o ator, relembrando que as dificuldades para o filme vieram logo após o presidente Jair Bolsonaro falar sobre “filtragem na Ancine”. Ele classifica os ataques que o filme sofreu como uma “tragédia à democracia”.

Wagner destacou ainda em sua participação que Marighella militou na legalidade na maior parte de sua vida. “Foi um homem que tem uma história extraordinária na luta por democracia, por direitos civis, por justiça social”, contou.

Adriana Esteves, que participa do longa como Clara, viúva do guerrilheiro, também esteve presente no programa e falou sobre ter participado do filme. Esteves contou ter conversado com Clara:

“Qualquer minuto na casa dela, parecia que ele ia bater na porta e entrar”, contou a atriz, brincando que Wagner a “obrigou” a aceitar o papel.

Serginho destacou a importância do longa, a fim de quebrar a “ilusão que a ditadura foi um momento bom”. Esteves concordou e completou:

Como esconder aquela crueldade? Como fingir que aquilo não aconteceu?” Adriana Esteves

O programa de hoje contou ainda com as participações presenciais de Projota e Priscila Alcântara, vencedora do “The Masked Singer”.

Uol

 

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