Bolsonaro diz que Mourão pode ser seu candidato a vice
Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
O presidente Jair Bolsonaro declarou neste domingo que ainda está à procura de um vice para a sua reeleição em 2022, e que o nome escolhido “pode ser até o próprio Mourão”, em aceno ao atual ocupante do posto.
— A gente vai ver como é que fica ano que vem. Tem pessoas que querem ser vice, é normal. Eu vou escolher um vice sim, pode ser até o próprio Mourão, mas um vice que agregue, tenha conhecimento de Brasil, ajude — disse Bolsonaro em entrevista a afiliada do SBT, em Santos, no litoral paulista.
A declaração de Bolsonaro foi dada no mesmo dia em que Lula (PT) e Alckmin (sem partido) deram mais um passo em torno da consolidação do nome do ex-tucano como vice do candidato petista à Presidência, ao se encontrarem em um jantar em SP.
Em outras ocasiões, Bolsonaro já havia afirmado que não pretendia repetir a chapa com Mourão, com quem vive uma relação de altos e baixos. Na composição para 2018, o atual vice foi escolhido às vésperas do fim do prazo para a formalização da chapa.
Em julho, o presidente afirmou que o general da reserva “por vezes atrapalha”, mas que vice é igual cunhado: “Você casa e tem que aturar”. Um mês antes da declaração, Mourão afirmou sentir “falta” de participar de reuniões com Bolsonaro junto a ministros do governo. Há poucas semanas chegou a orientar o auxiliar a buscar um “paraquedas reserva”.
A relação entre os dois atingiu o ponto máximo de atrito em agosto, depois de Mourão se reunir com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, alvo de ataques frequentes de Bolsonaro. Depois das turbulências, o vice tranquilizou o presidente quanto ao motivo da reunião, e a situação foi apaziguada.
Na semana passada, Mourão afirmou que nunca havia perguntado para Bolsonaro se continuaria no cargo no caso de uma reeleição.
— Algumas vezes ele (Bolsonaro) já deu uma sinalização que gostaria de outra pessoa, mas até hoje ele nunca chegou no meu olho e disse que seria outra pessoa — declarou em entrevista ao programa “Em foco com a Andréia Sadi”, na GloboNews. — Nunca perguntei. Quem pergunta quer resposta.
No dia da filiação do pai no PL, o senador e articulador político Flávio Bolsonaro (RJ) declarou que ainda era cedo para definir um vice para as próximas eleições, mas afirmou que Mourão era um “grande quadro” entre os aliados e “pode ser o que quiser”.
— O Mourão é um grande quadro, que tem manifestado a possibilidade de ser candidato a alguma coisa. Se chegar no entendimento com o presidente Bolsonaro de como ele pode colaborar, pode nos ajudar muito. Pode ser vice-presidente, senador, governador, deputado, pode ser o que ele quiser porque ele é uma figura nacional, inclusive ser candidato em diferentes estados — disse o senador.
Sem saber do futuro e de olho no eleitorado bolsonarista, Mourão se movimenta nos bastidores e articula uma participação nas eleições estaduais, no Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul. Questionado sobre qual cargo busca, declarou à GloboNews que a “tendência” é tentar uma vaga no Senado.
— Mas, em política, a gente nunca pode falar nunca.
Nomes no páreo
Aliados do governo e o próprio presidente estão em busca de um nome adequado para a vice-presidência. Entre os cotados estão o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apontado como alguém de confiança do presidente. Outra característica a favor do ministro está na avaliação de que não houve impeachment porque um vice militar não entusiasmava a classe política.
Em outras ocasiões, o chefe do Executivo já afirmou levar em conta outros perfis para compor a chapa, como um evangélico, uma mulher ou “alguém de Minas Gerais”, estado com o segundo maior colégio eleitoral do país. Nomes como do ministro das Comunicações, Fábio Faria, do Rio Grande do Norte, e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), foram aventados.
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