Caminhoneiros rompem com Bolsonaro

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Frustrados com o governo Jair Bolsonaro, entidades que representam caminhoneiros decidiram procurar os presidenciáveis para apresentar as pautas da categoria. Líderes devem concluir até o final de dezembro uma carta com reivindicações semelhantes às propostas apresentadas durante a paralisação de maio de 2018. A ideia é, a partir de janeiro, começar a agendar encontros com os pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Os caminhoneiros querem que os nomes que irão concorrer ao Planalto se posicionem sobre temas como piso mínimo de frete, jornada de trabalho, aposentadoria especial, pontos de parada e política de preços e privatização da Petrobras. A alta dos combustíveis é hoje a principal queixa entre os profissionais e motivou várias tentativas de paralisação ao longo de 2021.

Presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o deputado federal Nereu Crispim, do PSL, lembra que Bolsonaro gravou um vídeo em 2018, pouco antes do fim da greve, tratando da política de preços da petroleira, do valor do frete e se comprometendo a defender a pauta dos caminhoneiros.

“Quase três anos de governo se passaram e ele (Bolsonaro) traiu a categoria. Não fez nenhuma ação a favor das reivindicações de 2018. O ministro Tarcísio de Freitas não resolveu nenhuma pauta. Durante três anos ele nos usou como se fôssemos apoiadores sistemáticos de ações dele, mas isso caiu por terra. Terminou o noivado. Boa parte se descolou dele, não tem mais identificação”, afirma Crispim.

Segundo o deputado, a categoria reúne “2 milhões de votos no país”. Outra meta do segmento é eleger uma bancada que represente os interesses dos caminhoneiros na Câmara, com o lançamento de ao menos uma candidatura a deputado federal por estado. Para 19 de fevereiro está marcada uma reunião em Goiás com pré-candidatos ao Congresso de várias regiões.

O Antagonista

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