União Brasil, Podemos, PSDB e MDB cogitam aliança
Foto: Manoela Alcântara/Metrópoles
Dirigentes do Podemos e do União Brasil (UB), partido que resultará da fusão do PSL com o DEM, reuniram-se ontem em Brasília para discutir detalhes de uma eventual aliança em torno da candidatura presidencial do ex-juiz Sergio Moro. Mais cedo, entretanto, lideranças do UB também mantiveram conversas com o governador de São Paulo e presidenciável do PSDB, João Doria, e com a presidenciável do MDB, senadora Simone Tebet (MS).
O presidente do UB, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), e o vice-presidente da sigla, deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), reuniram-se ontem à noite com a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP). Bozzella é um dos principais entusiastas para que o UB indique Luciano Bivar para a vaga de vice na chapa encabeçada por Sergio Moro.
“Precisamos convencer o Bivar a aceitar ser o [candidato a] vice do Moro”, disse Bozzella ao Valor. Um dos aliados mais próximos de Bivar, e igualmente de Moro, o dirigente do UB argumenta que essa chapa seria a mais atrativa para dar musculatura e competitividade à terceira via.
A eventual aliança, entretanto, só será decidida depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologar a fusão entre os dois partidos, o que é esperado para fevereiro. Por ora, as duas siglas programam agendas em conjunto com a participação de Moro.
Já está encaminhado um evento do ex-juiz com cinco mil mulheres no fim de janeiro em São Paulo. Outro foco é organizar agendas para o pré-candidato do Podemos no Nordeste.
A aliança com o Podemos, entretanto, está longe de ser um consenso no União Brasil: uma ala da legenda não descarta nem mesmo o apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Antes da reunião com Renata Abreu, dirigentes do União Brasil reuniram-se na hora do almoço com o governador João Doria: além de Bivar, estavam presentes o secretário-geral da sigla, ACM Neto, e o vice-presidente Antonio Rueda.
No meio da tarde, Luciano Bivar posou para fotos ao lado de Simone Tebet e do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB). Ainda no esforço de unir a terceira via, Baleia Rossi tem reuniões programadas para esta quinta-feira em São Paulo com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e com o presidenciável do Novo, Luiz Felipe d’Avila.
Na véspera, Doria havia sofrido um revés no PSDB. A ala governista do partido boicotou o jantar organizado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) para o presidenciável tucano.
O gesto foi interpretado como uma sinalização de que esse grupo dificultará a construção de um nome mais ligado ao paulista para liderar a bancada na Câmara no ano eleitoral.
Como o Valor mostrou, o atual líder, Rodrigo de Castro (PSDB-MG), tem dito que já reuniu assinaturas suficientes para ser reconduzido ao cargo em 2022. Castro é ligado ao grupo do deputado Aécio Neves (MG) e apoiou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do partido.
Ele tem orientado a bancada a votar a favor dos projetos do governo, como a PEC dos Precatórios, apesar da posição contrária do diretório nacional.
Dos 33 deputados federais do PSDB, estima-se que 12 deixarão o partido, mas apenas em abril. Esse grupo está sendo decisivo para a manutenção de Castro no poder. O líder já passou uma lista de apoiamento para ser reconduzido ao cargo – apesar de o estatuto interno da bancada proibir a reeleição – e contaria com o endosso de 22 deputados.
Castro, assim como a maioria dos deputados do seu grupo político, faltou ao jantar com Doria. Foram poucos os apoiadores de Leite que participaram, como os deputados Otávio Leite (RJ), Adolfo Viana (BA), Pedro Cunha Lima (PB), Pedro Vilela (AL) e Rose Modesto (MS). Os demais eram aliados, a maioria da bancada paulista.
O jantar durou cerca de duas horas e o tucano saiu para outro compromisso. Ele discursou por 40 minutos, destacando realizações de seu governo e prometendo uma estrutura profissional na campanha.
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