Com Bolsonaro, economia segue estagnada até 2023
Foto: Phynart Studio/Getty Images
A falta de otimismo do mercado financeiro é cada vez mais visível nas previsões dos economistas. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, os analistas projetam um crescimento ainda mais baixo do país logo neste início de ano. A mediana das projeções aponta que o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) deve avançar 0,28% ao final deste ano, demonstrando uma economia estagnada. Esta é a terceira semana consecutiva que a estimativa é revisada para baixo. No relatório anterior, divulgado pelo Banco Central, a perspectiva era de 0,36%. Os economistas também projetam desaceleração no PIB de 2023, com estimativa de avanço em 1,70%, abaixo dos 1,80% da semana anterior.
Como mostra VEJA desta semana, as previsões de crescimento da economia são as mais baixas para o início de um ano desde 2002, quando começou a série histórica do IBGE. A exceção é a recessão projetada em 2016, quando os economistas iniciaram o ano já prevendo o recuo de cerca de 3%. Segundo os analistas ouvidos pela reportagem, o mercado está realista devido a desaceleração já vista a partir de meados de 2021, cenário fiscal deteriorado, o desafio da conjuntura externa com inflação e retirada de estímulos de grandes economias e o aperto fiscal.
Sobre a política fiscal, os economistas consultados pelo Banco Central apontam, no Focus desta semana, que a Selic deve sofrer mais um aperto até o fim do ano. Segundo as projeções, a taxa básica de juros deve chegar a 11,75% ao fim deste ano, acima dos 11,50% projetados na semana anterior e dos 9,25% vigentes atualmente. Vale ressaltar que a Selic iniciou 2021 a 2% ao ano, porém, teve sua pontuação ajustada durante 2021 devido a alta da inflação. Os analistas acreditam que o IPCA possa encerrar 2022 em 5,03%, índice acima tanto do centro da meta (3,5% para este ano), quanto para o teto (5,03%). A projeção dos analistas é que o índice tenha fechado 2021 em 9,99%. Nesta terça-feira, 11, o IBGE divulga o índice oficial de inflação do ano passado.
Os primeiros dias do ano, em especial o primeiro dia útil, são cheios de metas vislumbrando o ciclo que se inicia. Porém, o mercado financeiro continua sem muito clima de festa, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3. A previsão dos economistas consultados pelo Banco Central é que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tenha crescimento pífio este ano: 0,36%, abaixo dos 0,42% da semana anterior, sinalizando uma economia praticamente estagnada neste ano. Para 2023, a previsão ficou estável em 1,80%.
Como os dados oficiais de 2021 ainda não foram divulgados e a pesquisa foi feita até o dia 31 de dezembro, constam dados também de 2021. O mercado financeiro aponta que o crescimento da economia no ano recém encerrado ficou em 4,50%, abaixo dos 4,51% previstos uma semana antes e ainda menor que os 5% previstos em meados de 2021. Grande parte da revisão do crescimento de 2021 e da aposta da lentidão de 2022 está na lentidão da economia, desafiada por altas taxas de inflação e de juros, apesar do avanço da vacinação e a retomada das atividades interrompidas pela Covid-19.
Para a inflação, o ano inicia com uma aposta de desaceleração no índice em relação ao ano passado. Os analistas projetam que o IPCA, índice oficial de inflação do país, tenha fechado 2021 em 10,01%, ligeiramente menor que os 10,02% de semana passada. Para este ano, os analistas estimam a inflação em 5,03%, estável em relação a semana anterior. Vale salientar que, apesar da estabilidade, a inflação já começa o ano acima da meta, de 3,5%, e também do teto da meta, que é de 5%.
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