
Moro confessa que não era juiz, mas membro da Lava Jato
Foto: Evaristo Sa/AFP
O ex-ministro Sergio Moro (Podemos) cometeu mais um ato falho durante a sua entrevista ao programa Flow Podcast, um canal popularíssimo na internet, na segunda-feira, 25: logo na abertura da entrevista, na primeira frase, ele soltou: “Eu comandei a Operação Lava Jato…”.
Esse é o principal problema para Moro: como juiz à época, ele não poderia ter comandado uma operação de investigação. A Lava Jato, na verdade, era uma operação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, a quem compete promover a investigação e a acusação. Ao juiz cabe ser isento em relação à acusação e defesa e julgar. Foi exatamente essa atuação indevida de Moro que levou a sua suspeição nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No final de dezembro, ele já havia cometido uma derrapagem semelhante. Em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá, ele afirmou que a Lava Jato combateu o PT de forma eficaz – mais uma vez dando munição àqueles que acusam a operação de ter agido politicamente contra o partido. “Tem gente que combateu o PT na história de uma maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz. A Lava Jato”, disse Moro. O episódio foi explorado à exaustão pelos simpatizantes de Lula.
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No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.
O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.
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