Queiroz é fã de Roberto Jefferson e quer entrar no PTB
Foto: Reprodução
Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Fabrício Queiroz deve se filiar ao PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, a quem chamou de “verdadeiro patriota”. Segundo o ex-policial militar, investigado no inquérito das rachadinhas, ele conversou com a presidente do partido, Graciela Nienov, e vai marcar uma reunião com o dirigente da sigla no Rio, o deputado estadual Marcus Vinicius Neskau, para tratar do assunto.
— Vou pedir uma agenda com presidente regional do Rio, o Neskau, para falarmos do assunto — disse Queiroz ao GLOBO.
A informação foi noticiada primeiro pela “Revista Crusoé” e confirmada pelo GLOBO. De acordo com Queiroz, a escolha pelo PTB se deu pelo partido ser conservador. Porém, embora afirme que conversou com Graciela, a dirigente da legenda nega que tenha tratado com o ex-assessor de sua filiação e de uma eventual candidatura.
— Nunca conversei com ele nada sobre isso — afirma Graciela, que completa: — Já encontrei ele. Não dá para dizer que nunca encontrei ele, mas nunca para falar de candidatura, para nada. Até porque quem trata disso no Rio é o Neskau. Eu não trato nem de [candidatura] federal nem de estadual, essa não é minha tarefa. Essa tarefa é do dirigente estadual.
A presidente do PTB esteve nesta terça-feira com Flávio e com o presidente Jair Bolsonaro. Graciela afirmou que possibilidade de Queiroz se filiar ao seu partido também não foi abordada pelo senador. Tanto o parlamentar quanto o ex-assessor são investigados no suposto esquema de “rachadinha” na época em que Flávio era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A prática, segundo a denúncia, consistia na devolução de parte do salário dos assessores do então deputado a ele próprio.
Questionada, Graciela disse que não poderia opinar sobre a possível filiação de Queiroz ao PTB:
— Não o conheço assim para dizer se é bom ele vir ou não vir para o partido. Não conheço a história dele e não conheço a realidade do Rio de Janeiro.
O dirigente estadual do PTB no Rio, por sua vez, disse que ainda não foi procurado por Queiroz, mas afirmou que não vê impedimentos para sua filiação.
— Se ele pode ser candidato e vai trazer votos ao partido, não vou impedir [sua filiação]. Para mim, será tratado como um filiado comum, como qualquer outro — afirmou Neskau.
Neskau chegou a ser preso na Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava-Jato no Rio que investigou o pagamento e recebimento de propinas na Alerj. O inquérito trouxe à tona o caso da rachadinha envolvendo Flávio Bolsonaro e Queiroz ao investigar movimentações financeiras atípicas feitas pelo ex-assessor.
Embora não confirme se concorrerá a algum cargo na eleição desde ano, Queiroz tem aumentado suas aparições em público e dado indícios de que pretende se lançar como candidato a deputado federal nas próximas eleições.
Durante as manifestações do dia 7 de Setembro, convocadas por Bolsonaro, o ex-policial foi tietado por apoiadores do presidente durante o ato na orla de Copacabana, no Rio. Na ocasião, Queiroz tirou foto prestando continência a uma foto de Roberto Jefferson, que havia sido preso no mês anterior por declarações ofensivas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora o presidente de honra do PTB tenha feito duras críticas a Bolsonaro recentemente, Queiroz o chamou de um “verdadeiro patriota” e acredita que o ex-deputado está preso injustamente.
— Eu acho que se não fosse ele, essa quadrilha do PT e companhia estava ainda acabando com Brasil. Roberto Jeferson é um verdadeiro patriota, cumpriu sua sentença. E hoje está preso, ao ver injustamente. Não devia estar preso — disse o ex-assessor ao GLOBO.
Em dezembro, Queiroz esteve no Congresso Politicamente Incorreto (CPI), organizado pelo deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ), e foi bem recebido por quem estava no evento. Já em junho, ainda quando Bolsonaro estava sem partido e negociava sua entrada no Patriota, o ex-policial publicou uma foto nas redes sociais vestindo verde e amarelo e respondeu a um seguidor dizendo “é 5151”, em alusão ao número de uma possível candidatura a deputado federal pela sigla.
Pouco antes do episódio, o ex-assessor havia dito ao portal “Uol”, considerar “uma boa ideia” testar sua popularidade nas urnas.
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