Barroso diz que Bolsonaro desmoralizou o Brasil

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Foto: Sérgio Lima/Poder 360

Em despedida do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Roberto Barroso afirmou nesta 5ª feira (17.fev.2022) que o Brasil vive um “momento deprimente de desvalorização mundial”. Sem citar Bolsonaro, o presidente da Corte Eleitoral disse que os sucessivos ataques às instituições fizeram dirigentes brasileiros não serem bem-vindos em países democráticos.

Eis a íntegra do discurso de Barroso (218 KB).

“A preservação da democracia e o respeito às instituições passaram a ser ativos valiosos e indispensáveis para quem quer ser um ator global relevante. Não é de surpreender que dirigentes brasileiros não sejam bem vindos em nenhum país democrático e desenvolvido do mundo. Em eventos multilaterais, vagam pelos corredores e calçadas sem serem recebidos, acumulando recusas e impedidos de reuniões bilaterais”, disse Barroso.

Barroso discursou ao final da sessão do TSE, onde fez um balanço de sua gestão à frente do tribunal.

Não citou o presidente Jair Bolsonaro, que está na Hungria após uma viagem à Russia, mas mandou recados ao Planalto. Os 2 países europeus enfrentam críticas por adotarem medidas consideradas antidemocráticas.

Assista (52m19s):

O ministro relembrou ataques ao TSE e ao Judiciário. Mencionou a manifestação na porta do quartel-general do Exército que solicitava o retorno da ditadura e o fechamento do Supremo Tribunal Federal, o desfile de tanques na Praça dos 3 Poderes, os atos de 7 de Setembro com ofensas ao ministro Alexandre de Moraes e os ataques a jornalistas.

Barroso também citou o relatório da Polícia Federal que identificou a atuação de milícias digitais na estrutura do chamado “gabinete do ódio”, grupo que seria formado por assessores palacianos. O documento assinado pela delegada Denisse Ribeiro identificou um método de ataques virtuais a críticos do governo e a veículos de imprensa.

“Este é o Brasil de hoje, na descrição não de um líder da oposição, mas da Polícia Federal, em relatório elaborado por uma delegada corajosa e independente. Vivemos um momento triste, em que se mistura o ódio, a mentira, as teorias conspiratórias, o anticientificismo, as limitações cognitivas e a baixa civilidade”, disse Barroso.

Sem citar o Telegram, Barroso disse que “qualquer ator” do processo eleitoral brasileiro precisaria estar submetido à legislação do país.

Um ofício enviado pelo próprio Barroso ao Telegram, sediado em Dubai, retornou sem resposta. Nesta semana, 8 redes sociais integraram o programa de enfrentamento à desinformação nas eleições. O Telegram não compareceu.

“Qualquer ator importante no processo eleitoral brasilerio precisa estar submetido à legislação brasileira e à Justiça do país. Mídias sociais que aceitam com naturalidade apologia ao nazismo, ao terrorismo, ameaças a agentes públicos e ataques à democracia sem qualquer controle dos comportamrntos inautenticos e condutas criminosas não devem ser admitidas a operar no Brasil”, disse Barroso.

Segundo o ministro, a liberdade de expressão deve ser protegida de quem a utiliza para destruí-la. “O ódio, a mentira e as ameaças não são protegidas pela liberdade de expressão porque se destinam silenciar a expressão dos outros”, disse.

Poder 360

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