Bolsonaro manda perseguir manifestantes de religiões afro que “invadiram” igreja
Foto: Isac Nóbrega/PR
O ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, enviou ofício ao governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), solicitando apuração da manifestação que invadiu a Igreja do Rosário, em Curitiba, no último sábado (5).
A manifestação contra racismo e xenofobia aconteceu por ocasião das mortes do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe e de Durval Teófilo Filho, ambos assassinados no Rio de Janeiro, e foi criticada pelo presidente da República.
O vereador da capital paranaense Renato Freitas (PT) participou da manifestação e tem recebido críticas e ataques nas redes sociais desde então.
No ofício enviado ao governador Ratinho Júnior, Torres solicita “a devida apuração dos fatos pela autoridade de Polícia Judiciária do Estado”. Além disso, coloca a pasta “à disposição para auxiliar no que for necessário para a elucidação do caso.”
Bolsonaro publicou vídeo da manifestação e disse que “acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo”.
“Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar?”, completou.
O vereador petista contou à Folha que a manifestação foi convocada diante da Igreja do Rosário, por movimento sociais, pelo simbolismo do local, e transcorria normalmente até que algumas pessoas começaram a questioná-la.
“Aí gerou uma discussão, um debate, porque é a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito. Uma igreja construída pelos pretos e para os pretos, em 1737, durante a escravidão, porque os pretos não podiam entrar em outras igrejas, reservadas aos brancos na cidade de Curitiba. Essa igreja tem um poder simbólico, uma representatividade, é imbuída de um sentido histórico”, disse ele.
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