Inimigo de Biden, Bolsonaro vai à Rússia mandar recado
Foto: Cristiano Mariz
A decisão de Bolsonaro de manter sua viagem para a Rússia tem, entre seus objetivos, enviar um recado aos Estados Unidos. Ministros do governo relataram à coluna que um dos propósitos do presidente brasileiro é mostrar que o Brasil não seria “submisso” aos americanos e nem um “pau mandado” do presidente Joe Biden. São esses os termos usados por membros do governo para justificar a posição sobre o tema.
Para defender a viagem, auxiliares de Bolsonaro alegam que Brasil e Rússia mantêm boas relações comerciais e diplomáticas e que ambos integram o BRICS, bloco de países emergentes que, além de Brasil. Rússia, inclui Índia, China e África do Sul. Citam ainda a viagem recente do presidente argentino, Alberto Fernández, à Russia.
No mês passado, a preocupação com a agenda internacional foi transmitida por representantes do governo americano às autoridades brasileiras. A avaliação feita é que, em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, esse não é o momento adequado para uma aproximação de Bolsonaro e o presidente russo, Vladimir Putin.
No Itamaraty, a leitura é de que membros do Palácio do Planalto veem a viagem como uma forma de pressionar a abertura de um canal entre Biden e Bolsonaro. Já houve contatos entre os dois países por meio do chanceler Carlos Alberto França e do secretário de Estado americano Antony Blinken, mas não houve sinalizações de uma conversa direta entre os chefes de Estado dos dois países.
A estratégia pode ser um tiro no pé. Integrantes da diplomacia dos EUA têm sinalizado aos brasileiros que a decisão carrega potencial de refletir negativamente nas relações com o Brasil. Para eles, a ida de Bolsonaro à Rússia em um momento de alta tensão com a Ucrânia pode sinalizar que o Brasil apoia, de alguma maneira, as ações de Putin em relação ao país vizinho e que não tem compromisso com ameaças de paz à segurança internacional.
Com a vitória de Biden sobre Donald Trump, Bolsonaro perdeu seu único aliado internacional de peso. O presidente brasileiro fez coro às notícias falsas de Trump sobre fraude nas eleições dos EUA e foi um dos últimos líderes mundiais a parabenizar o presidente eleito Joe Biden.
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