Justiça manda policiais mineiros voltarem ao trabalho
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) determinou o encerramento da greve de policiais iniciada no Estado na terça-feira, acolhendo o pedido feito pela Advocacia-Geral do Estado. Cada sindicato das categorias está sujeito à multa diária de R$ 100 mil, limitada a R$ 10 milhões.
A Advocacia-Geral do Estado alegou no pedido que, de acordo com a Constituição Federal, a paralisação de atividades de segurança pública, ainda que de forma parcial, é proibida.
A desembargadora-relatora, Albergaria Costa, que concedeu duas liminares em favor do Estado, informou em sua decisão que há um perigo de dano intrínseco à paralisação, com reflexos que podem comprometer a ordem pública e a proteção às pessoas e ao patrimônio.
Na manhã de hoje, um grupo de agentes das forças de segurança realizam uma manifestação na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, onde fica a sede do governo do Estado. Segundo informação do jornal “O Tempo”, em torno de 2 mil policiais participam da manifestação de hoje (25), número bem inferior aos cerca de 30 mil policiais que protestaram na segunda-feira por reajuste salarial de 24%.
Ontem, o governador Romeu Zema (Novo) enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei para reajustar em 10% os salários de todos os servidores públicos, o que desagradou as forças de segurança. A reivindicação de reajuste de 24% refere-se a uma recomposição salarial proposta pelo próprio governo Zema em 2019, relativa à inflação de 2015 a 2019, mas que não foi cumprida pelo governo.
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) disse ao jornal que os policiais não estão fazendo greve, mas cumprindo a estrita legalidade, que significa cumprir apenas o que está previsto em lei. Segundo o deputado, muitos policiais usam recursos próprios para trabalhar e isso não será mais feito.