Parte do agronegócio ainda não desistiu da “terceira via”

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Foto: Reprodução

O agronegócio pode entrar dividido nas eleições presidenciais. A ala mais pragmática do setor, ligada à agroindústria, quer uma alternativa depois de ter sentido na pele o risco de situações geradas pelo próprio governo. O grupo teme a concretização de ameaças de boicote às exportações por brigas ideológicas com a China, pelo avanço do desmatamento e pela resistência à venda de terras para estrangeiros. Crescem as apostas na entrada do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já que os demais nomes da terceira via ainda não despontaram na corrida. Se as pesquisas mostrarem potencial, “o agro que não quer guerra vai apoiá-lo”, garantiu um representante do setor.

FIÉIS. Bolsonaristas “raiz”, por outro lado, negam que as polêmicas afetem o desempenho do presidente Bolsonaro entre eleitores do agronegócio. “Eles (China) precisam tanto de nós quanto nós deles. Ficam criando essa celeuma que não existe. Política é uma coisa, comércio é outra”, disse Frederico D’Ávila, ex-vice presidente da Aprosoja Brasil.

CADA UM NA SUA. Até lá, no entanto, deve reinar a neutralidade institucional. Representantes do setor, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB), não devem apoiar oficialmente nenhuma candidatura, pelo menos por enquanto.

OUTROS TEMPOS. Em 2018, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou apoio a Bolsonaro ainda no primeiro turno. Na época, a bancada ruralista era liderada pela então deputada Tereza Cristina, a atual ministra da Agricultura.

Estadão