Bolsonaro descobre importância do voto feminino e corre atrás do prejuízo

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Foto: Evaristo Sá/AFP

Enquanto amarga uma forte rejeição do eleitorado feminino, o governo de Jair Bolsonaro tem se dedicado a lançar e ampliar projetos atraentes a essa parcela da população. Após divulgar no dia 8 de março, o programa “Brasil para Elas”, com linhas de crédito para empresárias, o Executivo formaliza nos próximos dias um Comitê Nacional do programa a ser comandado pela secretária especial de Produtividade, e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, com representantes de outros ministérios, Sebrae, BNDES, Caixa Federal, entre outros. Segundo fontes, Consentino deve liderar uma agenda de empreendedorismo e inovação para os próximos meses para mulheres.

OSSO DURO. Aliados de Jair Bolsonaro entendem que a rejeição do público feminino é uma das questões de campanha mais difíceis de contornar. Até mais do que a crise econômica, que pode ser atribuída à pandemia e, mais recentemente, à guerra na Ucrânia. O discurso que o governo tenta emplacar é de que é um problema “global”, não restrito ao Brasil.

VAI MAL. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada mostra que 53% das mulheres entrevistadas fazem uma avaliação negativa do governo Bolsonaro. Em relação aos homens, esse porcentual é de 43%.

VAI MAL 2. A avaliação positiva também é pior entre as mulheres: 22% consideram a gestão Bolsonaro positiva. Entre os homens, a porcentagem chega a 29%. Avaliações “regulares” são 24% entre as mulheres; 27% entre os homens.

ASSIM, Ó. Em conversa com empresários da Esfera Brasil, em São Paulo, na última quinta, 17, o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho fez uma leitura “sincerona” sobre a comunicação do governo Bolsonaro.

SINCERÃO. Questionado sobre por que o próprio governo não divulga suas realizações, enquanto reclamava da mídia, Marinho respondeu: “A legislação define que a divulgação em ano eleitoral podemos fazer apenas a média dos três anos anteriores. Como nada foi feito no primeiro ano, nada foi feito no segundo ano, e pouco foi feito no terceiro ano, pouco será feito no quarto”.

Estadão