Bolsonaro fala sobre Petrobras como se não mandasse na empresa

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Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na noite desta quinta-feira, 3, que a Petrobras reduza lucros para evitar uma alta brusca de combustíveis, diante da crise geopolítica causada pela guerra na Ucrânia: “A Petrobras tem gente competente para isso, tem seu quadro de diretores, tem seu presidente, e sabe o que fazer. Estamos vendo aqui na mídia —e é verdade— o lucro que a Petrobras está tendo. Em um momento de crise como esse, eu acho que esse lucro, dependendo da decisão dos diretores, do conselho e do presidente, poderia neste momento de crise ser rebaixado um pouquinho para a gente não sofrer muito aqui”. Durante sua tradicional live nas redes sociais, Bolsonaro reforçou que não tem como interferir, e nem pretende: “Agora a Petrobras, por sua vez, sabe da sua responsabilidade; e sabe o que tem que fazer para colaborar para que o preço do combustível aqui dentro não dispare”, disse. Guerra na Ucrânia Jair Bolsonaro disse ainda que o governo brasileiro vai manter posição de equilíbrio sobre o conflito entre Ucrânia e Rússia. Durante live semanal nas redes sociais, ele afirmou ainda que torce e que vai trabalhar pela paz entre ambos os países. “O Brasil continua numa posição de equilíbrio. Não temos a capacidade de resolver esse assunto. Nós torcemos e, no que for possível, nós faremos pela paz. A guerra não vai produzir efeitos benéficos para nenhum dos dois países, muito menos para o resto do mundo”, destacou. Fertilizantes Em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, que ameaça a oferta de grande parte dos fertilizantes importados pelo Brasil, o governo federal vai lançar este mês um plano nacional para ampliar a produção do insumo no país. A informação é da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que participou da live. Os fertilizantes, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente utilizados pelo setor agrícola brasileiro, mas 80% deles são importados, e a Rússia e a Bielorússia são dois dos principais fornecedores do produto ao Brasil. No momento, no entanto, em decorrência das sanções econômicas aplicadas contra russos e bielorrussos, por causa da invasão à Ucrânia, o Brasil não tem conseguido trazer os fertilizantes destes países. “O Brasil, no passado, não fez um programa nacional para a produção própria de fertilizantes. Fizemos uma opção errada, lá atrás, de ficarmos importando nitrogênio, fósforo e potássio”, afirmou a ministra. No caso do fósforo, considerado um dos fertilizantes mais importantes, a dependência externa chega a 93%.

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