Ciro volta a tentar se aproximar da direita
Foto: Sérgio Lima
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou que está dialogando com partidos que já foram aliados do PDT em eleições anteriores. Segundo ele, a sigla explorou a “ideia de centro-esquerda” para fechar alianças com o DEM, que hoje é o União Brasil, e o PSD. “Esse é o mesmo arco de forças com quem tenho conversado para ver se a gente consegue construir uma ponte para 2022”, disse Ciro em entrevista à Rádio Sarandi, nesta 4ª feira (9.mar.2022).
Ciro voltou a afirmar que a população não pode votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como protesto contra o governo do atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, esse voto de protesto foi o que levou Bolsonaro ao poder. “Eu quero construir um caminho em que acabando a eleição a gente possa se dar as mãos e pegar mãos à obra no país, uma terra arrasada. O Brasil está hoje liquidado como nação.”
O pedestista também criticou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos). Para ele, o governo de Lula teve “corrupção e ladroeira generalizada” e não foi punido por causa do ex-juiz. “O Sergio Moro trocou os pés pelas mãos, virou um ambicioso, virou político ainda como juiz, e produziu a impunidade do Lula.”
Ciro também criticou o monopólio no setor de petróleo da Petrobras. Ele voltou a afirmar que se for eleito presidente da República, no 1º dia de governo irá acabar com o PPI (Preço de Paridade de Importação). O PPI é praticado pela petroleira desde 2016. Consiste na equiparação dos preços dos derivados de petróleo no mercado interno à média praticada no mercado internacional.
O pedetista também relacionou a alta de preços da Petrobras com as gestões do PT. “A Petrobras virou um mecanismo de roubalheira, nós todos assistimos o escândalo de loteamento da Petrobras pelo PT, e agora a roubalheira virou de atacado”. Segundo Ciro, a estatal “força a mão de um monopólio absolutamente criminoso” para a distribuição de lucros entre seus acionistas.