
Cúpula da OTAN se reúne após um mês para discutir a guerra
Foto: Reuters
No dia em que a guerra na Ucrânia completa um mês, líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reúnem agora para uma cúpula presencial da aliança, que deve ter em pauta os próximos passos do Ocidente em relação à guerra na Ucrânia. Acompanhe ao vivo acima à programação da CNN.
A Otan deve propor em conjunto o envio de tropas adicionais para quatro países do Leste Europeu, segundo o informado pelo secretário-executivo Jens Stoltenberg e pela embaixadora dos Estados Unidos na Otan, Julie Smith.
Em um mês de guerra, os números do conflito, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são de quase 1.000 civis mortos. Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, mais de 2.500 pessoas que não possuem vínculos militares foram vítimas do conflito, de acordo com dados do Escritório do Alto Comissariado ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH).
O Escritório da ONU afirma que acredita que os números reais são “consideravelmente maiores, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas batalhas foi adiado e muitos relatórios são ainda pendentes de comprovação”.
Apesar dos esforços, as forças russas ainda não conseguiram capturar a capital Kiev. Na avaliação de especialistas e da inteligência de países ocidentais, o exército russo sofre com problemas logísticos, falta de suprimentos e tem dificuldade em superar resistência ucraniana.
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Ucrânia afirma ter destruído grande navio de guerra russo em Berdyansk
Ucrânia afirma ter destruído grande navio de guerra russo em Berdyansk
O porto de Berdyansk, no sul da Ucrânia, foi abalado por uma série de fortes explosões logo após o amanhecer desta quinta-feira (24). Ele havia sido recentemente ocupado por forças russas e vários navios de guerra russos estavam ancorados lá.
As Forças Armadas da Ucrânia disseram que “destruíram um grande navio de desembarque” que chamaram de “Orsk”.
Vários navios russos estavam descarregando equipamentos militares em Berdyansk nos últimos dias, de acordo com relatos do porto por meios de comunicação russos.
As forças armadas ucranianas disseram que, além de destruir o Orsk, “mais dois navios foram danificados. Um tanque de combustível de 3.000 toneladas também foi destruído. O fogo se espalhou para o depósito de munições do inimigo. Detalhes dos danos causados ao ocupante estão sendo esclarecidos.”
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há um mês, o mundo tem acompanhado os desdobramentos de perto. A resistência ucraniana surpreendeu até os seus adversários que, antes mesmo da incursão, diziam que a chamada operação especial militar duraria apenas alguns dias. Diversas linhas de análise observam que houve um grave erro de cálculo por parte de Vladimir Putin, ao subestimar o exército ucraniano mas, acima de tudo, o presidente russo não esperava que teria que encarar uma ameaça a sua altura: a habilidade de comunicação de Volodymyr Zelensky.
Ator e comediante, quando Zelensky foi eleito para comandar a Ucrânia, em 2019, ele já era bastante conhecido. Nascido na antiga União Soviética, seu idioma materno é o russo. Zelensky passou boa parte de sua carreira artística em turnês pela Rússia. Alguns anos antes, em 2015, o atual líder ucraniano se tornou o protagonista de uma série de TV chamada, em tradução livre, “Servo do Povo”.
A guerra entre Rússia e Ucrânia completa um mês nesta quinta-feira (24), momento em que o conflito parece estático, sem grandes feitos de nenhum dos dois lados nos últimos dias. A dificuldade de avanço das tropas russas coloca em risco os objetivos do presidente Vladimir Putin.
Para o analista de Internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, mesmo que não conquiste o território ucraniano, a Rússia deve causar danos significativos no país. “As tropas russas não têm condições de dominar a Ucrânia, mas têm poder de fogo para destruir a Ucrânia, é isso que eles vão fazer”, afirma.
A história mostra que as relações da Rússia e do Ocidente são marcadas por tensões, crises diplomáticas, sanções e incidentes que abalaram a geopolítica do século XXI.
Muitos desses episódios ajudaram a construir o clima cada vez mais tenso e hostil visto até hoje. Mesmo depois da guerra fria, crises continuaram dificultando diálogos entre o Kremlin e o mundo ocidental.
Para Demetrius Pereira, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário Belas Artes, ESPM e doutor em Ciência Política pela USP, houve de fato um momento de boas relações.
“Após a guerra fria, a Rússia foi aderindo a instituições internacionais, como o FMI, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, o G7 se transforma em G8, até se aproximando da própria Otan e União Europeia”. Segundo ele, o ponto de virada foi em 2014.
O governo dos Estados Unidos declarou formalmente que membros das forças armadas russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia, disse o secretário de Estado Antony Blinken em comunicado na quarta-feira (23).
Antes da declaração oficial, Blinken, o presidente Joe Biden e a vice-secretária de Estado Wendy Sherman já haviam dito que Moscou cometeu violações das leis de conflito, mas disseram que se tratava de uma opinião pessoal.
“Hoje, posso anunciar que, com base nas informações atualmente disponíveis, o governo dos EUA avalia que membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia”, disse Blinken. “Nossa avaliação é baseada em uma análise cuidadosa das informações disponíveis de fontes públicas e de inteligência”, afirmou o secretário.
Guerras têm o poder de mudar o rumo da História. Com mais frequência ainda, elas catalisam processos históricos já em andamento. Esse deve ser o caso do impacto da invasão da Ucrânia sobre a ordem internacional. A agressão russa acirra de forma trágica a disputa por influência global entre autocracias e democracias.
A queda do Muro de Berlim e a dissolução da União Soviética pareceram selar, nos anos 90, a consolidação da democracia liberal como modelo indisputável, no que o filósofo americano Francis Fukuyama chamou de “o fim da História”. Agora, a História voltou das férias na Europa (na Ásia, ela nunca entrou).
Moscou anunciou que vai expulsar diplomatas americanos da Rússia, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia na quarta-feira (23).
Um diplomata sênior da missão diplomática dos EUA em Moscou recebeu uma nota nesta quarta-feira com uma lista de funcionários diplomáticos americanos expulsos declarados “persona non grata”, segundo o comunicado. Persona non grata significa literalmente “uma pessoa indesejada”.
A medida ocorreu em resposta à expulsão de Washington de 12 diplomatas da Missão Permanente da Rússia na ONU em Nova York, bem como de um funcionário russo do Secretariado da ONU.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, disse que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando ameaças à segurança alimentar.
A embaixadora atribuiu ao presidente russo a crise alimentar global. “O aumento de preços e as inseguranças ameaçam a desestabilizar sociedades frágeis, aumentam a migração e causam fome, isso quando o sistema humanitário mundial já está fragilizado.”
Thomas-Greenfild falou ainda que “este é o momento em que o mundo deve se unir contra a violência que causa um grande desastre humanitário”. Anteriormente, a ONU já havia avisado que a guerra na Ucrânia pode provocar um aumento de 20% no preço dos alimentos.
Durante a sessão da Assembleia-Geral da ONU de quarta-feira (23), o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que estão “utilizando todos os recursos diplomáticos para resolver a questão em Donbas”, área separatista no leste da Ucrânia e defendeu a proposta de resolução apresentada por seu país.
“Começamos essa operação especial para parar com os ataques contra civis na região de Donbas há 8 anos”, afirmou Nebenzya, acrescentando que “nossos colegas ocidentais têm apontado o dedo para a Rússia sem olhar para a população da região de Donbas”.
Durante seu discurso, o embaixador criticou a proposta de resolução apresentada pela Ucrânia e apoiada por diversos países do Ocidente, acusando de ser feita “no contexto dos esforços anti-russos ou de nossos colegas ocidentais”.
Antes de a Rússia invadir a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, muitos especialistas apostavam que a guerra poderia acabar rapidamente, diante do poderio militar do presidente Vladimir Putin. A capital, Kiev, poderia cair em questão de dias, disseram as autoridades de inteligência dos Estados Unidos. Hoje, completando um mês do início do conflito, as forças russas enfrentam dificuldade para avançar no território ucraniano.
A superioridade do exército russo perante as forças ucranianas é indiscutível. No início da guerra, a Ucrânia dispunha de 219 mil soldados em suas tropas ativas, contra 840 mil militares russos. Aeronaves de combate eram 170 ucranianas diante de 1.212 da Rússia. Em 2021, enquanto a Ucrânia disponibilizou US$ 4,1 bilhões em orçamento militar, os russos investiram US$ 45,3 bilhões.
Ainda assim, “já existe um razoável consenso, seja da comunidade acadêmica, seja inclusive das lideranças políticas de outros países, de que houve uma frustração na expectativa da condução da guerra” por parte da Rússia, analisa a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Barbara Motta.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na quarta-feira (23) que o país vai começar a vender gás para “países hostis” em rublos, depois de um congelamento de ativos realizado por nações estrangeiras que destruiu a confiança de Moscou.
A dependência dos países europeus do gás russo e de outras exportações foi colocada no centro das atenções desde que a Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia , no que chamou de operação especial para reduzir as capacidades militares do país vizinho e erradicar as pessoas que chamou de nacionalistas perigosos.
“A Rússia continuará, é claro, a fornecer gás natural de acordo com volumes e preços… fixados em contratos previamente celebrados”, disse Putin em uma reunião televisionada com os principais ministros do governo. “As mudanças afetarão apenas a moeda de pagamento, que será alterada para rublos russos”, completou o presidente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou 64 ataques a unidades de saúde na Ucrânia até agora, disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quarta-feira (23).
“A OMS já comprovou 64 ataques à saúde desde o início da guerra, e estamos verificando novos ataques”, disse Tedros em entrevista coletiva. “Os ataques à saúde devem parar. Os sistemas de saúde, instalações e profissionais de saúde não são e não devem ser um alvo”, disse ele.
Mike Ryan, diretor do Programa de Emergências de Saúde da OMS, compartilhou estatísticas da Organização Internacional de Migração sobre as vulnerabilidades de milhões de pessoas que ficaram desalojadas na Ucrânia, incluindo que 32% das famílias desalojadas incluem alguém com doença crônica e quase 20% incluem alguém com deficiência.
Em entrevista à âncora Christiane Amanpour, da CNN, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os objetivos da Rússia seguem os mesmos desde o início da operação: desmilitarizar e neutralizar a Ucrânia, se livrar de batalhões neonazistas e o reconhecimento dos territórios independentes no país vizinho.
“Ninguém tem raiva da Ucrânia nem dos ucranianos, apenas daqueles proíbem que se fale russo, dos que carregam símbolos nazistas nas ruas, dessas pessoas que querem a Otan ameaçando a Rússia”, afirmou Peskov. Sobre as ameaças de Vladimir Putin usar armas nucleares, Peskov descartou, a princípio: “caso haja uma ameaça existencial à Rússia, então isso pode ser uma consequência, não há outras razoes mencionadas nesse texto.”
Durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, afirmou que grupos nazistas atiram propositalmente em ucranianos que tentam fugir do país. A narrativa foi repetida na entrevista de Peskov à CNN, que quando questionado sobre os constantes ataques à cidade de Mariupol, negou mais uma vez os ataques a civis e acusou tropas nacionalistas ucranianas de impedir a fuga dos moradores.
Na mesma entrevista à âncora da CNN Christiane Amanpour, Dmitry Peskov se rejeitou repetidamente a descartar que a Rússia considerasse o uso de armas nucleares contra o que Moscou via como uma “ameaça existencial”.
Quando perguntado em que condições Putin usaria a capacidade nuclear da Rússia, Peskov respondeu: “se é uma ameaça existencial para o nosso país, então pode ser”.
Putin já havia sugerido o uso de armas nucleares contra nações que ele via como uma ameaça à Rússia. Em fevereiro, o presidente russo disse em um comunicado televisionado: “não importa quem tente ficar em nosso caminho ou ainda mais criar ameaças para nosso país e nosso povo, eles devem saber que a Rússia responderá imediatamente, e as consequências serão como você nunca viu em toda a sua história.”
Confira a íntegra da entrevista com o porta-voz russo:
Quando as forças armadas russas lançaram um ataque à Ucrânia no mês passado, Pequim parecia estar do lado de Moscou, acusando os Estados Unidos e seus aliados da Otan de provocar o conflito ao permitir que seu bloco de segurança se expandisse para o leste.
Agora, enquanto a China enfrenta pressão do Ocidente para condenar a invasão russa, cresce uma narrativa semelhante para falar sobre as intenções dos EUA na Ásia.
Nos últimos dias, altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores da China e influentes publicações do Partido Comunista acusaram os EUA de tentar construir um bloco semelhante à Otan no Indo-Pacífico, com um aviso oficial de consequências “inimagináveis” se isso acontecer.
Em uma conferência em Pequim no sábado (19), o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, disse que a crise na Ucrânia pode ser usada como um “espelho” para ver a situação de segurança na região da Ásia-Pacífico.
Embora considere “muito difícil fazer estimativa”, o pesquisador do Instituto de Estudo Estratégicos em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Rodrigo Leão, avalia que o preço do petróleo pode “chegar a valores nunca antes vistos na história.”
Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que enquanto a guerra na Ucrânia estiver em curso, haverá volatilidade de preço: “Se tiver avanço nas sanções de energia ou se a Rússia resolver bloquear a exportação, o preço pode ultrapassar US$ 200, teremos preço alto.”
“Se as tensões avançarem, podemos tranquilamente ultrapassar essa barreira, hoje não se sabe como a guerra vai se desenrolar”, completou.
A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou na quarta-feira que empresas do bloco afetadas por sanções impostas à Rússia poderão receber ajuda estatal de até 400 mil euros e compensação equivalente a até 30% dos custos de energia, segundo regras temporárias estabelecidas pela UE para lidar com a crise gerada pela guerra na Ucrânia.
Valores de até 35 mil euros poderão ser concedidos a empresas dos setores de agricultura, pesca e aquacultura. Em todos os demais setores, o auxílio poderá chegar a 400 mil euros.
No caso do esquema de compensação pela energia mais cara, o montante por empresa não poderá ultrapassar 2 milhões de euros.
Quando o mundo parecia começar a emergir da pandemia de Covid-19, a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia teve o pior desfecho: a invasão russa e o surgimento de um novo conflito armado no coração da Europa, o que se soma às guerras ativas no mundo.
As imagens de tanques e veículos blindados agora avançando pela Ucrânia, de soldados montando trincheiras defensivas e de aviões e mísseis bombardeando cidades enquanto civis tentam escapar da guerra, trazem de volta memórias de guerras passadas. Mas a Ucrânia não é o único conflito armado no mundo hoje. Veja a lista.
A realidade é que há uma grande diferença entre o exército ucraniano e o exército russo. “Este não é o mesmo exército russo que estava em ruínas logo após a Guerra Fria“, diz o analista Jeffrey Edmonds, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
“É um exército muito móvel, bastante moderno e bem treinado, com uma força aérea muito saudável, grandes forças terrestres, muito controle de artilharia, navios pequenos com muita capacidade para missões de ataque ao solo”. Veja comparação abaixo:
ORÇAMENTO MILITAR DE 2021
Ucrânia: U$ 4,1 bilhões
Rússia: US$ 45,3 bilhões
TROPAS ATIVAS
Ucrânia: 219 mil soldados
Rússia: 840 mil soldados
AERONAVES DE COMBATE
Ucrânia: 170
Rússia: 1.212
HELICÓPTEROS DE ATAQUE
Ucrânia: 170
Rússia: 997
TANQUES DE GUERRA
Ucrânia: 1.302
Rússia: 3.601
ARMAMENTO ANTIAÉREO
Ucrânia: 2.555
Rússia: 5.613
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da quinta-feira (24 de fevereiro), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nos dias a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira. O Ocidente, no entanto, aplicou sanções financeiras pesadas aos russos.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
A Rússia afirmou que só irá parar com os ataques se suas “condições” forem aceitas pela Ucrânia. Na lista, estão uma mudança da Constituição do país para resguardar neutralidade em relação à adesão em blocos, além do reconhecimento da Crimeia como território russo e das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes.