Entenda os gastos eleitorais bilionários de Bolsonaro
Foto: Adriano Machado/Crusoé
Jair Bolsonaro vai anunciar hoje um pacote bilionário de bondades eleitorais para tentar melhorar seus índices de aprovação junto à população de baixa renda. Nos cálculos do Palácio do Planalto, as medidas terão impacto de pelo menos R$ 150 bilhões.
Uma das principais apostas é o aumento da margem de endividamento de idosos e beneficiários de programas assistenciais – a manjada tática petista.
Segundo apurou O Antagonista, aposentados e pensionistas poderão comprometer até 40% de sua renda com empréstimos novos. É a segunda vez que Bolsonaro faz isso — hoje a margem é de 35%. Também haverá uma linha de crédito a juros subsidiados aos beneficiários do Auxílio Brasil.
Só com essas duas medidas, o governo federal espera injetar R$ 77 bilhões na economia brasileira e beneficiar 50 milhões de pessoas.
O governo também vai antecipar o 13º salário de 30,5 milhões de aposentados. Segundo o governo, o objetivo é mitigar os impactos da pandemia de Covid ao longo do ano passado, liberando R$ 56,7 bilhões.
A primeira parcela do 13º será paga entre 25 de abril e 6 de maio. A segunda, entre 25 de maio e 7 de junho. Normalmente, o 13º é quitado entre agosto e novembro.
Além disso, o governo federal vai instituir o Programa de Simplificação de Microcrédito, atendendo 4,5 milhões de microempresários. O programa será executado pela Caixa e mira, basicamente, o ambulante e o trabalhador informal – duas categorias constantemente citadas por Jair Bolsonaro.
Haverá ainda o chamado “Saque Extraordinário” do FGTS, que vai autorizar trabalhadores com carteira assinada a sacarem até R$ 1 mil de suas contas a partir de abril. A medida terá vigência até 15 de dezembro deste ano. Segundo o governo, a medida tem por objetivo incentivar os trabalhadores a quitar dívidas e reduzir seu endividamento.
Todas as medidas, claro, tem como real objetivo abarrotar as urnas com votos em Bolsonaro.