Gado não aceita apoio de Bolsonaro a Putin por ser posição “de esquerda”

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Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

As comparações entre a posição de Jair Bolsonaro e de partidos de esquerda sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia têm incomodado o núcleo duro de aliados do presidente brasileiro.

Nos bastidores, auxiliares de Bolsonaro admitem que a possível semelhança de posições apontada por adversários políticos do presidente vem repercutindo de forma negativa na base bolsonarista.

Auxiliares presidenciais detectaram que a comparação feita por adversários tem colado entre apoiadores de Bolsonaro, fato que acendeu o alerta no entorno do chefe do Palácio do Planalto.

Reação
Preocupado, o núcleo duro do presidente decidiu entrar em campo para conter eventuais prejuízos políticos. A principal reação partiu do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).

O filho 02 do presidente foi ao Twitter questionar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma postagem de Sergio Moro na qual o ex-juiz aponta semelhança entre as posições de Bolsonaro e da esquerda em relação à Rússia.

O vereador alegou que o antigo aliado do pai compartilhava “fake news” ao dizer que a posição do presidente sobre a Rússia “converge com a da oposição de extrema esquerda”.

 

As comparações com as posições de partidos de esquerda partem do próprio discurso do presidente. No domingo (27/2), por exemplo, Bolsonaro pregou “neutralidade” do Brasil ante a invasão russa da Ucrânia.

Ao mesmo tempo, a dualidade praticada pelo governo ante a crise entre Rússia e Ucrânia serve como munição para a defesa do presidente feita por bolsonaristas.

Aliados do presidente, como Carlos Bolsonaro, utilizam as posições do Brasil no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU para argumentar que Bolsonaro condena a invasão russa.

Metrópoles