Guloseimas para avião de Bolsonaro custaram R$ 2,6 milhões
Foto: Divulgação FAB
Nada de churrasquinho com farofa ou miojo. Pelo menos é isso o que indica a alta cifra gasta pelo governo com a alimentação fornecido no avião presidencial, usado por Jair Bolsonaro em suas viagens. Um levantamento feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e sua equipe no portal da Transparência mostra que os gastos de alimentos fornecidos para aviões destinados ao uso da Presidência da República foram de R$ 2.599.696,46. O montante se as viagens realiizadas desde 2019, primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto.
O contrato para fornecimento dos comes e bebes nos aviões de uso presidencial foi firmado no governo Temer e vem passando por sucessivas prorrogações. Entre os itens contemplados estão refeições prontas (almoço, jantar e café da manhã), bebidas não alcóolicas, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, doces e gelo.
— O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso. Esse tipo de serviço não é pago com o cartão corporativo, uma vez que a empresa mantém relação contratual por meio de licitação realizada pela presidência — afirmou Elias Vaz.
O levantamento mostra que, em 2019, o gasto com esses itens foi de R$ 851.159,36. Em 2020, os quitutes servidos nos aviões de uso presidencial custaram R$ 656.117,38 aos cofres públicos. Já em 2021, quando começou a pandemia da Covid-19, o valor saltou para R$ 889.583,37. Nos primeiros meses de 2022, a presidência já gastou R$ 202.836,37 com comida de avião.
Elias Vaz afirmou à coluna que vai solicitar à Presidência a documentação detalhada dos gastos, com apresentação de notas fiscais. O deputado também vai apresentar na Câmara uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) para pedir uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre esses gastos.