Indicado por Bolsonaro para Conselho da Petrobras acumula processos criminais
Foto: Jorge William
A indicação feita pelo governo Bolsonaro de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, à presidência do conselho de administração da Petrobras, tem sua dose de polêmica, devido aos processos a que ele ainda responde.
Mas os que conhecem a fundo a alma da estatal sâo unânimes em garantir que Landim não terá qualquer dificuldade para ser eleito comandante do colegiado na assembleia de acionistas de 13 de abril.
Em agosto passado, Landim foi denunciado pelo MPF, junto com alguns ex-sócios pelo crime de gestão fraudulenta. Segundo a denúncia do MPF, Landim e os sócios Demian Fiocca e Nelson Guitti Guimarães atuaram numa operação financeira que teria causado um prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais, como a Funcef.
Antes da eleição na assembleia, os nomes de Landim e dos outros sete indicados ao conselho pelo governo terão que ser apreciados pelo Comitê de Pessoas da Petrobras, que avalia indicados a posições na companhia.
Mas mesmo essa instância não tem poder de veto. Um exemplo é o atual conselheiro Marcio Weber. Ele foi foi indicado pelo governo há um ano e o comitê o considerou inapto, pois Weber havia trabalhado numa fornecedora da Petrobras, a Petroserv. Mas essa avaliação não impediu que o seu nome fosse votado na assembleia do ano passado.
A propósito, Landim já disse aos mais próximos que acumulará a presidência do Flamengo com a do conselho da estatal. Em ambos os casos, os mandatos vão até 2024.