Otan avalia entrar na guerra russo-ucraniana

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Foto: Getty Images

Países integrantes da aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reunirão, nesta sexta-feira (4/3), para coordenar e consultar a resposta “à invasão brutal da Ucrânia e as implicações a longo prazo”.

começam a analisar novas opções para socorrer a Ucrânia, e até mesmo a hipótese de um conflito direto com a Rússia já não é mais descartada de pronto – ainda que permaneça como algo a ser evitado a quase qualquer custo. A invasão russa da Ucrânia entra em seu nono dia nesta sexta-feira (4/3).

O ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgars Rinkevics, afirmou, nessa quinta-feira (3/3), que a Otan deve “considerar todas as opções”, sem excluir um possível confronto direto.

“Acho que devemos considerar todas as opções, mas também devemos entender que, digamos, algumas políticas da Otan podem ser implementadas somente se aqueles países que tiverem os ativos necessários concordarem com aquilo”, disse.

A Letônia é parte da Otan desde 2004 e faz fronteira com Belarus e com a Rússia. Rinkevics, no entanto, ressaltou que os governos “não devem excluir” qualquer forma de interromper a invasão.

Já o ministro da Romênia, Bogdan Aurescu, pontuou que a Otan deve adaptar sua postura militar no Leste Europeu para a realidade pós-invasão da Ucrânia.

“Temos que adaptar a postura para a realidade, que mostra que tropas russas estão na Ucrânia e em Belarus, então precisamos repensar tudo”, disse Aurescu.

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, também afirmou que todos os cenários devem ser analisados antes que uma intervenção real da Otan, como a zona de exclusão aérea, seja feita.

Ao anunciar a reunião desta sexta-feira com os membros da Otan, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que a zona de exclusão aérea está na pauta.

Oficiais da aliança militar destacaram nos últimos dias, entretanto, que essa medida ou qualquer outra que atingisse diretamente a Rússia não é uma opção para evitar que o conflito tome proporções maiores.

Metrópoles