
PSB teme ser “engolido” pelo PT em federação
Foto: Ed Ferreira/Estadão.
PT e PSB têm nesta quarta-feira, 9, uma reunião decisiva sobre o destino dos partidos. A sigla presidida por Carlos Siqueira espera uma resposta sobre a carta de condições apresentada aos petistas no começo de fevereiro para consolidar a federação entre eles. Caso não tenha um retorno favorável, os pessebistas podem desistir do casamento de quatro anos, o que não inviabilizaria uma aliança e o apoio à candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Nos bastidores, o PSB segue dividido. De um lado, há um temor de que a sigla seja “engolida” pelo PT e perca relevância. Do outro, deputados estão com dificuldade de formação de chapas estaduais, o que poderia ser solucionado pela federação.
UM PRA VOCÊ, UM PRA MIM. O PSB espera que o PT ceda em apoios no Acre, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, depois de já garantir o apoio dos petistas no Rio de Janeiro e em Pernambuco. São Paulo, no entanto, é um assunto mais delicado. Deve ser tratado depois e, nesta fase, não será decisivo.
CABEÇAS. A reunião será em Brasília com a presença dos presidentes partidários e lideranças, entre elas, o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), cotado para disputar o cargo novamente.
BARULHO. O horário do protesto liderado por Caetano Veloso em frente ao Congresso nesta quarta-feira, 9, pode coincidir com a votação do projeto que libera a exploração em terras indígenas na Câmara. Nos bastidores, a orientação foi para políticos não subirem no palanque e deixarem o espaço apenas para os artistas.
SECRETO. O relator-geral do Orçamento, Hugo Leal, vai apresentar hoje na Comissão Mista de Orçamento (CMO) um sistema para cadastro das emendas RP-9, conhecidas como orçamento secreto.
NEM TUDO. O sistema não trará as informações de antes da liminar do Supremo Tribunal Federal que determinou a divulgação dos beneficiados. Nesta semana acaba o prazo que o Supremo deu ao Congresso para divulgar todas as informações sobre o orçamento, inclusive as passadas.