Putin e Zelensky se reunirão só quando chegarem a acordo

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na segunda-feira (28) que uma reunião entre o presidente Vladimir Putin e seu colega ucraniano Volodymyr Zelensky deve acontecer assim que os dois lados estiverem mais perto de concordar em questões-chave.

Falando a meios de comunicação sérvios, Lavrov acrescentou que qualquer encontro entre Putin e Zelensky para trocar opiniões sobre o conflito agora seria contraproducente.

Já Zelensky, em entrevista a jornalistas independentes russos, afirmou que a Ucrânia está pronta para negociar sua neutralidade e o status não nuclear. “Pelo o que me lembro, esse foi o motivo pelo qual a Rússia começou o ataque”, disse Zelensky. Segundo ele, qualquer decisão da mesa de negociação será submetida a um referendo popular.

Antes, o ucraniano havia dito que se recusaria a negociar enquanto a Rússia tivesse como exigência a “desnazificação” da Ucrânia. “Não vamos nos sentar à mesa se tudo o que falamos é alguma ‘desmilitarização’ ou alguma ‘desnazificação’. Para mim, são coisas absolutamente incompreensíveis”, disse.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, tem participado nas negociações e conversado com os mandatários dos dois países. Na última conversa com Putin, Erdogan destacou a necessidade de um cessar-fogo. O turco declarou que vê consenso em quatro de seis pontos considerados vitais da negociação.

Erdogan confirmou ainda que as delegações russa e ucraniana se reunirão na próxima terça-feira (29), em Istambul.

No domingo, o presidente francês Emmanuel Macron reagiu a acusações e adjetivações feitas pelo colega americano, Joe Biden, contra o presidente russo. “Eu não usaria termos, porque ainda estou conversando com o presidente Putin”, disse o francês durante entrevista ao canal France 3. “Nosso objetivo é parar a guerra que a Rússia lançou na Ucrânia, evitando uma guerra e uma escalada”, completou.

Após visitar refugiados na Polônia no sábado (26), Biden chamou o presidente russo de “açougueiro”, após já tê-lo chamado de “ditador assassino e bandido completo.”

A Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chamou de operação especial para degradar as capacidades militares de seu vizinho do sul e erradicar pessoas que chamou de nacionalistas perigosos e nazistas.

As forças ucranianas montaram forte resistência e o Ocidente impôs sanções abrangentes à Rússia em um esforço para forçá-la a retirar suas forças.

CNN Brasil